Cotidiano

Lavouras de feijão encolhem na região

Em 28 municípios, segundo mostram os dados do Deral (Departamento de Economia Rural), são apenas 3,5 mil hectares no cultivo em curso

Cascavel – Você já sentiu no bolso que comer feijão está salgado e não é de hoje? Um dos motivos é a falta de produto no mercado, que tem encarecido, e muito, um dos itens principais do prato do brasileiro.

Apesar do aumento de área neste ciclo no Núcleo Regional da Seab (Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento) de Cascavel, o cultivo do cereal está desaparecendo na região Oeste do Paraná, assim como em outras regiões do País.

Em 28 municípios, segundo mostram os dados do Deral (Departamento de Economia Rural), são apenas 3,5 mil hectares no cultivo em curso. Para se ter ideia, com a soja, principal cultivo da regional, estão sendo destinados 560 mil hectares à safra de verão 2016/2017.

Voltando ao feijão, no ciclo 2015/2016 haviam sido 2.051 hectares e nem o preço nas alturas da saca do produto tem estimulado o cultivo. Nesta semana, por exemplo, como não há feijão disponível no mercado regional, o preço do produto não tinha cotação, mas com o quilo custando cerca de R$ 10 na variedade carioca no supermercado, o grão segue supervalorizado.

Segundo a economista do Deral Jovir EWsser, a colheita está prevista para dezembro e janeiro próximos e o que se espera é uma produtividade média de 2,1 toneladas por hectare e uma produção que deve alcançar, se as condições do tempo colaborarem, 7.350 toneladas.

Entre os principais fatores que desestimulam o cultivo, além das perdas registradas nos anos passados, estava o preço que há algumas safras era considerado bastante baixo. Aliado a isso, os produtores passaram a investir mais nos cultivos de soja e milho, graças à valorização destes dois produtos.