Cotidiano

Impeachment: Dilma se reúne com senadores e movimentos sociais

BRASÍLIA – Na guerra com o presidente interino Michel Temer por votos no Senado, a presidente afastada Dilma Rousseff também mantém contato com senadores e, nesta terça-feira, se reuniu com quatro aliados e ainda representantes de movimentos sociais. O Senado ainda precisa votar o impeachment de Dilma, que foi afastada por até 180 dias. Segundo parlamentares que estiveram no Palácio da Alvorada, Dilma conversou sobre a proposta de se realizar um plebiscito, juntamente com a eleição presidencial de outubro, para saber se a população quer novas eleições presidenciais.

Dilma tem mantido encontros frequentes com os 22 senadores que se manifestaram contra o seu afastado da presidência da República. O grupo desta terça-feira foi eclético: Armando Monteiro (PTB-PE) e depois os senadores Jorge Viana (PT-AC), Roberto Requião (PMDB-PR) e Lídice da Mata (PSB-BA), acompanhados de representantes do MST, CUT e outros.

Armando Monteiro disse que se reuniu com Dilma em separado mas acabou encontrando os demais no Palácio da Alvorada, que se transformou no bunker de resistência da petista.

? Fiz uma visita a ela. Vou lá toda a semana. Há essa proposta de plebiscito, mas acredito que a presidente não tem posição fechada ? disse Armando Monteiro.

Já o senador Roberto Requião disse que seus aliados defendem a realização de um plebiscito.

? A realização desse plebiscito é uma hipótese em discussão. A presidente está esperando se harmonizar essa proposta ? disse Requião.

O chamado grupo dos 22 tem se reunido com frequência para fazer uma análise da situação no Senado e sobre a possibilidade de ampliar os votos a favor de Dilma e para impedir a aprovação do impeachment. Já aliados de Temer dizem que tem 58 a 59 votos, sendo que são necessários 54 para aprovar o afastamento definitivo.

Aos senadores, Dilma sempre repete que está otimista e que acredita o seu retorno ao comando do país.