Cotidiano

Hillary tenta manter segredo sobre sua saúde há quase 20 anos

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WASHINGTON ? Enquanto disputa pela Presidência dos EUA, a democrata Hillary Clinton se vê obrigada a compartilhar informações sobre a sua saúde, embora tenha sempre sido discreta no assunto. Foi apenas após ter quase desmaiado na cerimônia de homenagem às vítimas do 11 de Setembro que o seu médico revelou seu diagnóstico de pneumonia, que foi definido na semana passada e está sendo tratado com antibióticos. Mas esta não é a primeira vez que Hillary sofre de problemas de saúde, o que tem aumentado os pedidos para que os presidenciáveis liberem seus históricos médicos.

Em 1998, Hillary passou pelo que chama de ?o momento mais assustador? da sua vida em questões de saúde. Ela teve um coágulo de sangue na perna direita enquanto ocupava o posto de primeira-dama dos EUA. O seu tratamento médico foi realizado com discrição, e o seu marido, o então presidente Bill Clinton, pouco falou sobre sua condição de saúde.

Mais tarde, em 2009, um segundo coágulo foi encontrado em suas pernas. O episódio só ficou bastante conhecido quando a sua médica publicou uma carta em 2015 para atestar que ela tinha boas condições de saúde para entrar na disputa pela chefia da Casa Branca.

E, em 2012, Hillary teve um terceiro coágulo diagnosticado. Mas, desta vez, no crânio. O caso era sério demais para que fosse mantido em segredo, especialmente porque ela, na época, era a secretária de Estado do governo do presidente Barack Obama. Ela passou vários dias em um renomado hospital da Nova York. Mais tarde, o seu marido revelou que levou seis meses para que ela se recuperasse.

As tentativas de Hillary para manter a privacidade em questões médicas continuaram até o início da sua campanha presidencial. Mas, nos últimos meses, o seu rival republicano, Donald Trump, passou a sugerir que ela não tinha a condição física para ocupar a Presidência. E republicanos especulam que ela nunca tenha se recuperado do último coágulo.

Agora, as imagens que circularam no domingo, mostrando que a democrata mal podia se locomover na saída do evento no Marco Zero, alimentam os questionamentos sobre a sua saúde. Segundo o seu médico, a combinação dos poderosos antibióticos que Hillary está tomando e a exposição ao calor durante a cerimônia explicam a sua dificuldade em permanecer de pé.

O episódio ainda chamou a atenção para a importância da saúde dos candidatos que pretendem chefiar a Casa Branca. Crescem os pedidos para que Trump e Hillary liberem seus históricos médicos. O republicano já desafiou a sua rival nas últimas semanas a divulgar estes documentos, embora seja criticado por ter revelado ainda menos informações sobre sua saúde do que Hillary.