Pela segunda vez presidente da Câmara de Vereadores de Cascavel e no segundo mandato consecutivo como parlamentar, Aldino Gugu Bueno avalia 2017 e fala sobre a pré-candidatura a deputado estadual em 2018.
Deputado
“Eu acredito que a vida é feita de etapas. Não vejo sentido ficar no mesmo cargo por quatro, cinco mandatos. Estou vereador, presidente da Câmara duas vezes, presidente da CPI da Saúde, esta que me deu um bom conhecimento sobre saúde pública. E por isso eu entendo que posso ser deputado. Até porque quando se trata de saúde, Cascavel não vai resolver os problemas dela sozinha. Há cidades que não têm hospital e que a população vem a Cascavel para ser atendida. É preciso discutir um plano estratégico para a Saúde Pública regional e isso, muitas vezes, é função do deputado. Acredito que posso fazer muito mais se estiver lá. E também não vejo sentido ficar quatro, cinco mandatos na mesma função. Precisamos galgar espaços”.
Função da presidência
“A presidência não é uma função fácil. O aspecto administrativo da Câmara eu posso dizer com propriedade que é uma referência. Somos referência em economia e transparência. Fizemos, nos últimos dois anos, a maior economia da história da cidade. Tivemos nossas contas aprovadas sem nenhuma ressalva pelo TCE. Os gastos em diárias, tenho certeza que são menores que em outros municípios. Mas mesmo assim valem a pena, porque quando se gasta R$ 1 mil em diária, por exemplo, às vezes se consegue muito mais em recurso para Cascavel. Todos os vereadores que viajam tem de fazer um relatório dos resultados dessas viagens. E não é por qualquer motivo que liberamos pagamento de diárias. É um processo absolutamente transparente”.
Projetos
“Foram diversos projetos importantes em 2017, mas eu posso destacar a aprovação da Lei que criou a Patrulha Maria da Penha e já estamos com a viatura andando. É um projeto que tem um cunho social muito importante. Também posso destacar a questão da Lei de minha autoria, que estabelece que seja caçado alvará de empresas que forem flagradas comercializando produto que é fruto de roubo de cargas. Além disso, votamos e aprovamos a lei que determina política pública para castração e controle de animais. Que foi uma alteração em uma lei de autoria minha de 2014 e que acredito ser uma causa muito importante”.
Atuação da Câmara
“Avalio muito positiva a atuação da Câmara de Vereadores. Foram realizadas muitas audiências públicas, muitas discussões, investigações. Acredito que, apesar de a política brasileira viver um momento ruim, estamos muito bem. Percebo vereadores bem intencionados, com vontade de ajudar o Município”.
Gestão Paranhos
“Não me elegi com o Paranhos, inclusive tivemos um embate na eleição à presidência, porque ele teve candidato. Mas conversamos, desde o começo, e tivemos a compreensão de que, se as duas forças colidissem, a única prejudicada é a cidade de Cascavel. O prefeito abriu a possibilidade de a gente administrar a cidade em união. Estou muito feliz com essa possibilidade de discutir projetos, dele respeitar a autonomia da Câmara. Como na questão do IPTU, por exemplo, que o Executivo sugeriu 12% de aumento e nós fizemos uma emenda, diminuindo para 8,5%. Ele deixa muito claro, sempre, esse respeito com os vereadores. A relação próxima é a ideal entre os dois poderes”.
Sem férias coletivas
“As sessões voltam apenas no dia 2 de fevereiro, mas foi uma decisão nossa de não dar férias coletivas neste ano. Entendemos que o trabalho do vereador não é apenas comparecer às sessões. E, neste caso, não faria sentido a Câmara ficar de portas fechadas por 30 dias. Os problemas de Cascavel não tiram férias. Um buraco não vai se fechar sozinho. Um problema no setor de Saúde não vai ficar esperando. Então definimos pelo recesso apenas até o dia 03 de janeiro, e depois voltando com atendimento normal à comunidade, à necessidade das pessoas. O trabalho do vereador é em tempo integral. Muito maior do que apenas participar das sessões”.
