BRASÍLIA ? A equipe econômica decidiu usar R$ 16,2 bilhões dos recursos obtidos com a repatriação para reduzir seu estoque de restos a pagar (despesas de anos anteriores). A informação foi dada, nesta terça-feira, pelo ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. Repatriação – 22.11
Ao apresentar o 5º relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas, Oliveira informou que outros R$ 17,8 bilhões da repatriação serão usados para reforçar o caixa da União para o cumprimento da meta fiscal do ano, de um déficit primário de R$ 170,5 bilhões. Com isso, o total de receita líquida do ano foi estimado em R$ 1,089 trilhão.
Outros R$ 3,8 bilhões da repatriação serão usados para compensar uma frustração do resultado primário das empresas estatais e de estados e municípios.
No relatório, o governo também previu uma redução de despesas no 5º bimestre. Elas tiveram uma queda de R$ 2,133 bilhões, chegando a um total de R$ 1,240 trilhão. Isso porque o governo diminuiu suas estimativas de despesas com abono e seguro desemprego.
Durante a divulgação, Oliveira foi questionado sobre se o governo não deveria reduzir o rombo fiscal do ano ao invés de quitar restos a pagar. Ele respondeu afirmando que despesas antigas precisam ser quitadas e não devem ser jogadas para anos seguintes:
? O problema que temos hoje é que temos volume de restos a pagar que foi crescendo ao longo dos anos e gerando passivo que União hoje tem de acomodar dentro do processo. A oportunidade de pagar isso e reduzir esses compromissos me parece extremamente correta. É despesa que não adianta fingir que você não tem.
Segundo ele, o cenário hoje é que o governo central vai cumprir fielmente a meta do ano ? de um déficit de R$ 170,5 bilhões ? também a do setor público consolidado, de um rombo de R$ 163,9 bilhões.
