Esportes

Governo promove diversas ações paradesportivas para alunos e atletas com Síndrome de Down

A prática esportiva é uma grande aliada no desenvolvimento físico, psíquico e social de pessoas com Síndrome de Down, trazendo benefícios como o favorecimento do equilíbrio emocional, a melhora nas habilidades motoras e o fortalecimento de relações sociais

Governo promove diversas ações paradesportivas para alunos e atletas com Síndrome de Down

Nesta segunda-feira (21) é celebrado o Dia Estadual da Conscientização sobre a Síndrome de Down, dando início à Semana de Ações no Campo da Síndrome de Down, instituídos por lei estadual. A data tem como objetivo dar visibilidade ao tema e promover a compreensão de familiares, educadores, profissionais de saúde e da população em geral sobre os direitos desse público à educação, à saúde, à qualidade de vida, ao trabalho, além do combate ao preconceito.

A prática esportiva é uma grande aliada no desenvolvimento físico, psíquico e social de pessoas com Síndrome de Down, trazendo benefícios como o favorecimento do equilíbrio emocional, a melhora nas habilidades motoras e o fortalecimento de relações sociais. Como entidade de fomento e incentivo ao esporte, a  Superintendência Geral do Esporte desempenha diversas ações por meio de programas e projetos.

Programa Estadual de Fomento e Incentivo ao Esporte (Proesporte) beneficiou, desde o seu primeiro edital em 2018, 29 projetos voltados à prática do paradesporto. Entre esses projetos, que envolvem Apaes e outras instituições, diversos atletas com Síndrome de Down são beneficiados, a exemplo do projeto Equoterapia Ampliando Horizontes.

O projeto atua no atendimento de crianças e adolescentes com deficiências e em situação de vulnerabilidade, em Curitiba. As atividades acontecem no Centro de Equoterapia do Regimento de Polícia Montada (RPMon) e, atualmente, são atendidas nove crianças. O programa coordenado pelo tenente João Eduardo Costa Vaz conta com uma equipe multidisciplinar, com educadores físicos, fisioterapeutas e pedagogos, e busca melhorar a qualidade de vida desses jovens por meio da interação com cavalos e com a natureza.

A equoterapia é utilizada como complemento de outras terapias e proporciona diversos benefícios às crianças e adolescentes que praticam a atividade, entre eles a melhoria da força muscular, maior controle de tronco e cervical, ganho de equilíbrio e massa muscular, além de estimular o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.

NOTA PARANÁ – A Associação dos Paratletas de Cascavel (Apac) é uma das mais de 460 entidades esportivas cadastradas no programa Nota Paraná. Desde 2019, a Apac já foi beneficiada com R$ 65.203,28 em prêmios e créditos.

A Apac tem como objetivo trabalhar o lazer, o desenvolvimento físico e social dos atletas, proporcionando a eles uma vida ativa e um melhor convívio na comunidade. Atualmente, a associação tem duas modalidades voltadas às pessoas com Síndrome de Down. Uma delas é o parataekwondo, com cinco atletas praticando o esporte diariamente e representando a cidade de Cascavel em competições a nível regional, estadual e nacional.

“A gente fica feliz com esses atletas que estão treinando, eles são muito dedicados no que fazem. No parataekwondo são atletas com grandes possibilidades de compor uma seleção brasileira futuramente. Na modalidade de atletismo são atletas que vêm treinando há três ou quatro anos. Eles têm um ótimo rendimento e um futuro brilhante no esporte”, afirma o presidente da Associação dos Paratletas de Cascavel, Altair Antonio.

JOGOS OFICIAIS – Organizados anualmente pelo Governo do Estado, os jogos oficiais são a vitrine do esporte paranaense e estimulam o desenvolvimento competitivo, humano e social dos atletas que participam dessas competições.

Dentro dos Jogos Escolares do Paraná (Jeps), atletas com Síndrome de Down participam ativamente de sete modalidades, em quatro delas com categorias próprias, como na natação, atletismo, ginástica rítmica e parataekwondo. Já no tênis de mesa, xadrez e futsal, eles competem em conjunto com atletas com deficiências intelectuais.

Nos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná (Parajaps), atletas com Síndrome de Down participam de nove modalidades: atletismo, natação, parataekwondo, tênis de mesa, futsal, golf 7, handebol, parabadminton e xadrez, todas elas junto com a categoria de deficientes intelectuais.

GERAÇÃO OLÍMPICA E PARALÍMPICA – O Geração Olímpica e Paralímpica é o maior programa de bolsa-atleta do Brasil, tendo investido mais de R$ 4,75 milhões em 2021, com o patrocínio exclusivo da Copel, beneficiando atletas e técnicos vinculados ao estado do Paraná.

Na 10ª edição do programa, o Geração Olímpica e Paralímpica destinou 104 bolsas para atletas com deficiências físicas e intelectuais. Desses, foram contemplados oito atletas com Síndrome de Down em três categorias: Formador Escolar, Estadual (EAD) e Nacional.

Um dos grandes destaques é a atleta de 14 anos Marianne Lomar Oliveira, que foi bolsista Geração Olímpica e Paralímpica nos anos de 2020 e 2021. Na 14ª edição das Paralimpíadas Escolares, realizada em São Paulo em novembro de 2021, Marianne fez história no atletismo, quebrando dois recordes nas provas de 250 metros e 1.000 metros, e conquistando o 3º lugar na prova do salto em distância.

O pai de Marianne, Ivan Lomar Oliveira, conta que sempre incentivou a filha a praticar esportes, mas que no início não foi fácil fazê-la entrar no atletismo “Aos poucos as portas foram se abrindo, em 2019 indicaram a Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) e ficamos um ano treinando. Como ela já participava de corrida de rua, achamos interessante inscrever ela nos Jogos Escolares do Paraná e a Marianne foi muito bem, foi além das nossas expectativas”, conta.

Em 2020 Marianne conseguiu a bolsa do Geração Olímpica e Paralímpica. Ivan comenta que até então não conhecia o programa, mas que toda a família ficou muito feliz com a conquista da filha. “Ela começou a receber a bolsa-atleta e foi muito bom, porque até então eu tinha que custear os materiais dela. Sou muito grato ao Geração Olímpica e a gente honra a camisa porque sabe que o esporte faz parte da vida da nossa filha, e isso tem mudado a vida da Marianne”, afirma.

AEN