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Governo leva primeira célula do MON para Cascavel

A iniciativa faz parte da política cultural do Paraná de promover e incentivar a democratização da arte e da cultura e foi possível a partir de uma parceria firmada entre governo do estado, prefeitura de Cascavel e Associação Amigos do MON

Governo leva primeira célula do MON para Cascavel

O Museu Oscar Niemeyer (MON) inaugurou na última quinta-feira uma plataforma avançada de seu expressivo acervo em Cascavel, no Oeste do estado. A primeira exposição da iniciativa será um recorte com 182 obras da mostra “África, Expressões Artísticas de um Continente”. A célula do MON em Cascavel funcionará no Complexo Cultural Sefrin Filho, onde também funciona o teatro municipal.

A iniciativa faz parte da política cultural do Paraná de promover e incentivar a democratização da arte e da cultura e foi possível a partir de uma parceria firmada entre governo do estado, prefeitura de Cascavel e Associação Amigos do MON.

“O Governo do Estado do Paraná tem orgulho e se empenha para manter instituições culturais como o Museu Oscar Niemeyer, uma das mais importantes entidades museais do mundo. Mas entendemos também que as políticas culturais devem promover e incentivar a democratização da arte e da cultura para todas as cidades”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

A diretora-presidente do MON, Juliana Vosnika, explica que esta exposição é um recorte da generosa doação de aproximadamente 1.700 obras de arte africana, fruto de uma parceria entre o Museu Oscar Niemeyer e a Coleção Ivani e Jorge Yunes (CIJY), de São Paulo. Desde 2021, a coleção passou a pertencer ao Estado do Paraná.

Maior museu de arte da América Latina, com um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o MON é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Paraná. Com sua natural vocação para artes visuais, arquitetura e design, conta com coleções asiática e africana.

“Nos últimos anos, o acervo do MON triplicou de tamanho e conta hoje com mais de 9 mil peças, o que o consolida como um dos mais importantes do País”, comenta a diretora-presidente.

Ela lembra que, em 2018, o MON foi o museu escolhido por suas condições técnicas, capacidade de gestão e credibilidade da instituição a receber uma doação de quase 3 mil obras de arte asiática. Doadas pelo diplomata e professor Fausto Godoy e oriundas de vários países daquele continente, parte das obras pode ser vista pelo visitante do MON na mostra “Ásia: a Terra, os Homens, os Deuses”, na Sala 5.

Mostra africana –
A exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”, realizada pelo Museu Oscar Niemeyer, apresentada pela Copel e viabilizada pelo Governo do Estado do Paraná, poderá ser vista em Cascavel a partir de 11 de fevereiro.

“A incorporação da coleção de arte africana faz parte de um processo de consolidação do marco referencial do MON, que estabelece como diferencial da instituição prioritariamente colecionar arte paranaense e brasileira e expandir seu olhar não eurocêntrico para a arte latino-americana, asiática e africana”, explica Juliana. “Buscamos incessantemente incrementar o acervo, pois aí está a alma de um museu, a sua essência”, comenta.

Segundo o curador da exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”, Renato Araújo da Silva, as obras doadas ao MON foram adquiridas ao longo de mais de 50 anos pelo casal Ivani e Jorge Yunes, detentores de uma das maiores coleções de arte do Brasil.

“Com a exposição no MON de objetos de heranças culturais tão distintas, encontramos aqui um importante ponto em comum: dentro do Museu, essas artes são elevadas a uma mesma plataforma artística, igualando a arte africana ao patamar da arte mundial”, diz. “Eis uma maneira de honrar a ancestralidade visual do passado e de abrir os novos plantios, rotas e perspectivas dessa arte no futuro”, comenta Renato.

Fazem parte da coleção: máscaras, esculturas, bustos e cabeças de bronze, miniaturas metálicas, objetos do cotidiano e instrumentos musicais. As obras têm origem em países como Costa do Marfim, Mali, Nigéria, Camarões, Gabão, Angola, República Democrática do Congo e Moçambique.

Renato Araújo da Silva é historiador em Filosofia pela Universidade de São Paulo e coautor, entre outros trabalhos publicados, do livro “África em Artes”. Curador e pesquisador, atuou no Museu Afro e realizou outras exposições em museus, como o de Arte Sacra de São Paulo.

SOBRE O MON
O Museu Oscar Niemeyer (MON) é patrimônio estatal vinculado à Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Paraná. A instituição abriga referenciais importantes da produção artística nacional e internacional nas áreas de artes visuais, arquitetura e design, além de grandiosas coleções asiática e africana. No total, o acervo conta com mais de 9 mil peças, abrigadas em um espaço superior a 35 mil metros quadrados de área construída, sendo 17 mil metros quadrados de área para exposições, o que torna o MON o maior museu de arte da América Latina. Os principais patrocinadores da instituição, empresas que acreditam no papel transformador da arte e da cultura, são: Copel, Sanepar, Grupo Volvo América Latina, Vivo, Grupo Focus e Moinho Anaconda.

Serviço
MON em Cascavel
Exposição “África, Expressões Artísticas de um Continente”
Complexo Cultural Sefrin Filho
A partir de 10 de fevereiro de 2022
Entrada Gratuita
www.museuoscarniemeyer.org.br

AEN