Curitiba Universidade federal mais antiga do Brasil, a UFPR também servia de base para uma quadrilha que desviou pelo ralo da corrupção R$ 7,3 milhões em recursos públicos. O esquema foi desvendado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a partir de uma investigação que começou no início deste ano. Ele tem relação com denúncia de extorsão envolvendo recursos destinados a bolsas de estudo e foi desmontado ontem em megaoperação desenvolvida pela Polícia Federal no Paraná, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
Os beneficiários do esquema, que funcionou de 2013 a 2016, faziam parte do “círculo de amizades” da secretária da Pró-Reitoria de Planejamento e Orçamento, Tânia Márcia Catapan, e da chefe do setor de Orçamento e Finanças do mesmo setor, Conceição Abadia de Abreu Mendonça, presas ontem juntamente com outras 26 pessoas uma delas foi solta posteriormente.
“O resultado de pesquisas realizadas em redes sociais demonstrou a existência de vínculo de amizade ou de parentesco entre uma parte dos beneficiários dos pagamentos irregulares e as servidoras, explicou o juiz federal Marcos Josegrei da Silva em coletiva à imprensa. As duas servidoras possuíam grande parte dos investigados em seu círculo de amigos no Facebook.
Segundo as investigações, o dinheiro que foi desviado deveria ter sido destinado ao pagamento de bolsas de estudos do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). O caso envolve 234 supostas bolsas e um total de R$ 7.343.333,10, acrescentou Josegrei, assinalando que Conceição – que em 2008 já havia respondido a processo por fraude em licitação fez o que pôde para dificultar a apuração dos fatos por parte dos técnicos do TCU.