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Gerente do Canal Combate aposta em aumento de assinantes

GettyImages-545221584.pngÚnico canal no Brasil a transmitir todos os eventos do UFC, além de outros programas e eventos relacionados às lutas, o Combate prevê crescimento no número de assinantes. Quem garante é Daniel Quiroga, gerente da emissora. UFC EM JULHO DE 2016

– Vai ter aumento no número de assinantes?

Mesmo com essa instabilidade política e econômica que vivemos, a nossa previsão é crescer 5% a nossa base de assinantes em relação a 2015, que teve um crescimento de 13% em relação a 2014. Ou seja, mesmo com a crise, o produto MMA segue crescendo regularmente, ano após ano. O esporte continua evoluindo e se profissionalizando cada vez mais, e isso se reflete no crescente interesse das pessoas por lutas.

– Esse número pode ser comparado a qual período?

Estamos falando de ano contra ano. Mas se compararmos o ano consolidado de 2015 com o primeiro semestre de 2016, que é o nosso número mais atualizado, temos praticamente a mesma base de assinantes que encerramos 2015. E com a oferta que se configura para o segundo semestre, a previsão é encerrarmos o ano com crescimento de base. Só em julho teremos seis UFCs exclusivos no Combate, com sete disputas de cinturão e 25 brasileiros em ação. Sem falar em agosto, quando haverá a revanche do Mc Gregor contra o Nate Diaz. Em setembro, teremos o Fabrício Werdum novamente em ação, além do UFC no Brasil, ou seja, nossa previsão é de um segundo semestre bastante otimista.

– Os resultados do primeiro semestre atrapalharam os negócios?

De forma alguma. Sabíamos que teríamos um ano difícil por conta desse momento complicado que a política e a econômia brasileira está passando. Nesse sentido, a base de assinantes do Combate se comportou até muito bem. Tivemos algumas lutas que não aconteceram (Rafael dos Anjos x Mc Gregor, em março; Lyoto Machida x Dan Henderson e Daniel Cormier x Jon Jones, embos em abril), o que prejudicou o crescimento da base nesses meses especificamente. Isso é do esporte e o lado do negócio tem que lidar e se adequar a essa dinâmica da modalidade. E mesmo com essa oferta, a princípio menos relevante, conseguimos manter a nossa base conquistada.

– Se houve queda no número de assinantes, a expectativa é qual? Superar, igualar ou não ter ganho significativo em julho?

O número do primeiro semestre deste ano não apresenta queda comparado ao consolidado em 2015 e, para julho, nossa expectativa é crescer pelo menos 6% nossa base de assinantes se comparado a junho. Temos um mês atípico, com muitos eventos relevantes, muitas disputas por títulos e muitos brasileiros em ação, e isso mexe com o interesse das pessoas. Esperamos transformar esse interesse em novos assinantes do Combate.

– Na média, como está o ano e como fazer para aumentar a base de assinantes?

Temos feito uma série de iniciativas para alavancar a nossa base, tanto do ponto de vista do produto, quanto da distribuição. Um exemplo é a abertura de sinal do Combate que estamos fazendo, entre 18 de junho e 3 de julho, para os assinantes da PAYTV por duas semanas, como forma de degustação do canal, além de acordos para iniciar, no segundo semestre, a comercialização de pacotes mais baratos das operadoras, como o pré-pago da SKY. São alguns exemplos de iniciativas de distribuição que nos ajudarão a alavancar a base. Do ponto de vista do produto, estamos investindo permanentemente em um conteúdo de melhor qualidade para nosso consumidor. Somos o único canal no Brasil a exibir todos os eventos do UFC de forma exclusiva, além dos melhores eventos nacionais de MMA e torneios de outras modalidades, como jiu-jitsu, muay thay e submission. Lançaremos agora um reality chamado ?Medida Combate?, que mostrará dois de nossos apresentadores passando por um processo de reeducação alimentar. Enfim, essa nossa preocupação é permanente.

– Quais os projetos futuros?

Estamos em negociação para trazer mais eventos internacionais para a nossa grade. Mapeamos o mercado e identificamos algumas oportunidades de eventos que podem agregar a nossa grade. Além dos eventos, estamos produzindo quatro séries de novos programas com diversas produtoras brasileiras. Teremos uma sobre as mulheres no MMA com a Conspiração, um outra sobre as regras do MMA, um documentrário sobre o Minotauro, com a Hungry Man. Enfim, este segundo semestre promete.