Cotidiano

Fundos de ações são a melhor aplicação de julho, com alta de 10%

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SÃO PAULO – Os fundos de investimentos em ações foram pelo segundo mês consecutivo a rentabilidade mais alta entre as aplicações mais populares. Em julho, essa categoria de carteira teve um rendimento de 10,08% e de 28,88% no ano. Já o pior desempenho foi a poupança, que rendeu 0,66%. No acumulado de 2016, os fundos cambiais estão na lanterna, com recuo de 16,05%.

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O desempenho é referente aos fundos de ações indexados, que estão atrelados a algum índice, principalmente o Ibovespa, e consideram os ganhos até o dia 26 de julho, último dado disponibilizado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). De forma geral, esse tipo de fundo está acumulando ganhos como decorrência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O Ibovespa terminou o mês com alta de 11,22% e, no ano, a alta chega a 32,20%.

? A Bolsa está antecipando a concretização de algumas medidas da equipe econômica. Após a conclusão do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, a expectativa é por mais privatizações e a aprovação de medidas fiscais ? explicou Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Capital Asset.

Na avaliação do especialista, ainda há fôlego para novas altas da Bolsa e, consequentemente, dos fundos de ações. No entanto, uma valorização mais expressiva depende da aprovação dessas medidas, que devem contribuir para a recuperação da economia brasileira e retomada da confiança.

? Esse é o ano da Bolsa. Embora já tenha subido muito, a perspectiva é de alta ? disse Pedro Galdi, analista de investimentos da UP Side Invest.

Favorece também a Bolsa a expectativa de entrada de recursos no país. Esse motivo é o que pode fazer com que o dólar se enfraqueça ainda mais e, assim, os fundos cambiais. No mês, o dólar sobe 0,93% e, no ano, 17,87%.

Mas apesar do risco de desvalorização adicionais da moeda americana, o administrador de investimentos Fábio Colombo lembra que essa pode ser uma opção para diversificar a carteira como uma “forma de seguro para investidores com perfil conservador e moderado, com visão de longo prazo, caso o cenário continue incerto e nossa balança de pagamentos pressionada”.

Dos demais investimentos, no acumulado do ano a poupança rende 4,69%. Desempenho melhor tem a renda fixa. Os fundos de curta duração atrelados a papéis considerados grau de investimento tiveram ganhos de 0,97% em julho e de 7,80% no ano. Os de duração livre subiram, respectivamente, 0,94% e 8,35%.

Quem mais ganhou em julho

Ibovespa: +11,22%

Fundo de ações indexado*: +10,08%

Fundo de ações livre*: +7,63%

Fundos cambiais*: +2,16%

Fundos multimercado livre*: +1,57%

Fundos de renda fixa baixa duração*: +0,97%

Fundos renda fixa duração livre*: +0,94%

Dólar: +0,93%

Poupança: +0,66%

IGP-M: +0,18%

Quem mais ganhou no acumulado do ano

Ibovespa: +32,20%

Fundo de ações indexados*: +28,88%

Fundo de ações livre*: +21,58%

Fundos renda fixa duração livre*: +8,35%

Fundos multimercado livre*: +7,82%

Fundos de renda fixa baixa duração*: +7,80%

Poupança: +4,69%

Fundos cambiais*: -16,05%

Dólar: -17,87%

IGP-M: +6,09%

*rendimentos até 26 de julho

Fontes: Anbima, CMA e FGV