WASHINGTON – O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que a partir deste sábado, 1º de outubro, o yuan estará em seu Direitos Especiais de Saque (SDR, na sigla em inglês), a cesta de moedas de referência da instituição.
Na prática, a medida reconhece o peso da China na economia mundial e facilita que sua moeda tenha maior aceitação global. Para entrar na cesta, a China teve de se comprometer a ter uma gestão mais transparente de sua política monetária.
O SDR é um ativo de reserva internacional criado pelo FMI e utilizado como unidade de pagamento de empréstimos concedidos pelo Fundo composto por uma cesta de moedas. Criado em 1969, o SDR serve para, entre outras coisas, determinar os juros dos empréstimos concedidos pela instituição.
A partir de agora, o dólar representará 41,73% da cesta, seguido de euro (30,93%), yuan (10,92%), iene japonês (8,33%) e libra esterlina (8,09%). O FMI já havia decido, em novembro do ano passado, incluir a moeda chinesa em sua cesta e definiu os percentuais, mas a novidade só entra em operação a partir da aprovação de sua diretoria, hoje.
?A ampliação da cesta do SDR é um acontecimento importante e um marco histórico para o SDR, para o FMI e para a China no sistema financeiro mundial. Representa uma mudança importante, pois é a primeira vez que uma moeda é incluída na cesta desde a adoção do euro?, afirmou Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo, em nota.
