Cotidiano

Firmas de Trump devem US$ 650 milhões

DIMONDALE e NOVA YORK Uma reportagem publicada ontem pelo jornal ?The New York Times? revelou que as empresas do magnata Donald Trump devem pelo menos US$ 650 milhões. O valor é o dobro do que o candidato republicano à Casa Branca admitiu em sua campanha. Além disso, diz o diário americano, uma parte substancial de sua fortuna está vinculada a três associações que devem US$ 2 bilhões.

De acordo com o jornal, seus repórteres fizeram uma extensa investigação sobre as propriedades de Trump, particularmente edifícios comerciais e campos de golfe, com apoio de um instituto especializado no segmento imobiliário, e descobriram ainda que os ativos do magnata são profundamente dependentes de instituições financeiras, inclusive algumas que foram alvos de ataques do candidato durante a campanha eleitoral, como o Bank of China e o Goldman Sachs, o qual Trump acusou de favorecer sua rival, Hillary Clinton.

Trump se vangloria de ser um empresário bem-sucedido no setor imobiliário. A campanha do candidato republicano afirma que suas empresas devem US$ 315 milhões. Trump vem resistindo às pressões, inclusive de seu próprio partido, para divulgar sua declaração de renda, aumentando o mistério em torno de suas atividades empresariais.

Mudança de tom

Seguindo a mudança de tom em sua campanha, dirigindo-se às minorias com as quais vinha antagonizando, Trump acenou novamente ao eleitorado hispânico, nomeando um grupo de políticos e líderes religiosos como assessores de campanha. Os conselheiros vão apresentar as propostas do magnata à comunidade hispânica. A iniciativa é uma guinada em relação ao estilo agressivo com que iniciou sua campanha, com ofensas aos imigrantes hispânicos, sobretudo mexicanos, os quais classificou de criminosos.

Entre os membros do grupo estão Clarice Navarro, do Colorado; os pastores Mario Bramnick e Alberto Delgado, da Flórida; e o senador Ralph Alvarado, do Kentucky, o primeiro hispânico a ser eleito ao Senado dos EUA. Outros assessores vêm de Michigan, Nevada, Montana e Texas.

O magnata também previu, durante um comício, que, se for eleito, conquistará o apoio de 95% dos eleitores negros nos EUA para um segundo mandato em 2020. O percentual supera a aprovação desta porção do eleitorado ao atual presidente, Barack Obama. O atual mandatário é o presidente mais popular entre os negros da história dos EUA.