Cotidiano

Famílias de vítimas do 11/9 criticam decreto migratório: 'Explora tragédia'

334027a69d948c9550ec1904833a01a7.jpgNOVA YORK ? Se o presidente Donald Trump usou o 11 de Setembro e seus quase 3 mil mortos nos atentados de 2001 como um dos motivos para instituir o veto provisório à entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana, muitas famílias de vítimas vieram a público para criticar a decisão. Várias dizem que a medida explora a tragédia e não resolve os problemas de segurança dos EUA. muçulmanos

? Estou realmente cansada da exploração do 11 de Setembro por agendas que nada têm a ver com nossos entes queridos ? criticou à AP Terry McGovern, cuja mãe, Ann, morreu no World Trade Center. ? Fiquei enjoada com a referência. Não use minha mãe para excluir refugiados.

Outras famílias destacam que o veto temporário a refugiados, mesmo num país onde as verificações de perfil e de antecedentes são as mais rigorosas do mundo, são “totalmente inaceitáveis”.

? Vai de encontro a tudo pelo qual defendemos enquanto americanos ? ressaltou à Reuters John Sigmund, que teve a irmã, Johanna, também morta no WTC.

Nenhum dos sete países citados no veto de 90 dias ? Irã, Iraque, Síria, Líbia, Iêmen, Somália e Sudão ? teve cidadãos envolvidos em ataques de cunho terrorista nos EUA tanto no 11/9 quanto depois.

Mas há famílias que, apesar de conviverem com muçulmanos e não concordarem com o veto a alguns países, deram aval a medidas mais duras de verificação:

? Há muitos ótimos muçulmanos neste mundo, mas também muitas pessoas que querem nos matar. Temos que verificá-los, descobrir o que for necessário ? afirmou Kathleen Ganci, cujo marido era bombeiro e morreu no dia.