Cotidiano

Facebook admite novos erros em métricas comerciais

SAN FRANCISCO – O Facebook descobriu mais erros nas medição de efetividade de seus anúncios: o tempo gasto pelos internautas lendo artigos foi superestimado, o número de vídeos que foram vistos até o fim foi subestimado e o número de vezes que o mesmo usuário voltou às páginas corporativas foi calculado de forma errada.

Ao contar quantas vezes as pessoas viram uma determinada página corporativa numa semana ou num mês, o Facebook multiplicou simplesmente o número de visitas diário, sem levar em conta que alguma pessoas entravam mais de uma vez naquela página num mesmo dia, conforme o ?Financial Times?. O número real, expurgando os retornos, ficou 33% menor que a média semanal e 55% menor que a média mensal. O problema, que existe desde maio, será acertado nas próximas semanas.

Na área de artigos, os relatórios do Facebook informavam tempo 7% a 8% acima do que realmente fora gasto pelos leitores. Quanto aos vídeos, a revisão é favorável à rede social: o número de vídeos visto até o fim sobe 35%, em média. As constatações fazem parte de uma sindicância interna iniciada pela companhia após admitir, há dois meses, inflou o tempo médio que os usuários passavam vendo anúncios de vídeo para seus anunciantes.

Além de revelar os problemas em suas métricas, o Facebook prometeu informar dados mais precisos aos anunciantes e lançou nesta quarta-feira um novo blog em um site chamado Metrics FYI, em que compartilhará atualizações e correções de seus dados. “Nós queremos garantir que nossos clientes confiem e acreditem nas métricas que estamos fornecendo”, disse à Reuters a vice-presidente de soluções globais de mercado do Facebook, Carolyn Everson.

Conseguir que os anunciantes comprem mais anúncios em vídeo é essencial para a continuação do crescimento de receita do Facebook, uma vez que obtém taxas mais altas de anunciantes do que em anúncios de textos ou fotos.

Em setembro, o Facebook disse aos anunciantes que o tempo médio que os usuários passavam vendo anúncios online foi inflado porque estava contando apenas vídeos que foram assistidos por, pelo menos, três segundos, sua referência para uma visualização. O Facebook deixou de fora aqueles que assistiram menos de três segundos ou que não assistiram ao vídeo de maneira alguma, o que deu aos anunciantes a impressão de que seus vídeos tinham uma performance melhor do que a que realmente tinham.