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Fabíola, do vôlei, na corrida para perder 8 quilos

2016 922204129-201607081400375153.jpg_20160708.jpgAgora só faltam oito quilos, além de uma boa dose de paciência e perseverança. A levantadora Fabíola, que deu à luz Annah Vitória, no dia 19 de maio, voltou aos treinos há duas semanas, em Saquarema, iniciando a última maratona rumo aos Jogos Olímpicos.

A jogadora, que ganhou 20 quilos durante a gravidez e que contou com ajuda de um batalhão de profissionais para cuidar da forma física, diz que ainda está ?muito aquém” das jogadoras que disputam o Grand Prix, na Tailândia, mas que continua firme e forte na luta pela inédita Olimpíada.

? Estou correndo atrás. Preciso de paciência para perder os quilos a mais. Não tem milagre. E também para esperar o corpo voltar ao normal. Tanto na região abdominal quando na do quadril, que ainda me incomoda um pouco já que se expandiu para o parto e tende a fechar aos poucos ? fala Fabíola, que com 84kg e treina em dois períodos com a comissão técnica da seleção feminina sub-23, no CT da Confederação Brasileira de Vôlei. ? Não estou tranquila. Ainda estou muito atrás das outras meninas. Mas vai dar tempo.

Fabíola se mudou de mala e cuia para Saquarema. E para ter as filhas Annah e Andressa, de 9 anos, além do pai Edízio a seu lado, alugou um apartamento. Ela não dorme no CT como de costume mas, às vezes, leva a bebê para quadra.

? Na primeira semana de treino, ela chorou um pouco. Mas bastou dar o peito que acalmou. Depois, voltei ao batente ? lembra Fabíola, que, com pouco leite, complementa a alimentação de Annah com mamadeira. ? Tiro leite de manhã e à noite mas é tão pouquinho… Com a Andressa, a mais velha, também foi assim.

Além da família, a jogadora tem a ajuda de uma enfermeira que fica de olho na bebê principalmente à noite. Assim, a jogadora consegue dormir.

? Não posso reclamar. A Annah é bem calma, não chora muito e tem dormido mais tempo durante a noite. Tenho sorte. Ela é muito boazinha.

Fabíola perderia a chance de lutar pela Olimpíada se tivesse a bebê de cesárea. Isso porque a recuperação física seria inviável para Rio-2016. Ela disse que procurou não pensar no assunto quando seguia para maternidade.

? Focava no nascimento, independentemente do parto. Ela estava encaixada e tive dilatação muito rápido. Mas, quase desisti porque já não tinha mais forças após quatro horas de trabalho de parto e sem medicação. Até que uma enfermeira me disse no pé do ouvido: ?Só mais um pouquinho?. Aquilo me deu forças para continuar.

Fabíola briga pela vaga de levantadora com Roberta, campeã da Superliga pelo Rio. Dani Lins é a titular de José Roberto Guimarães. Ela volta a treinar com as companheiras da seleção a partir de sexta-feira.