WASHINGTON. John Kirby, porta-voz do Departamento de Estados Unidos, afirmou em nota, no começo da tarde desta quarta-feira, que a remoção de Dilma Rousseff da Presidência da República ocorreu de acordo com o quadro constitucional do Brasil. E pontuou que os americanos seguirão em regime de cooperação com o novo governo, chefiado por Michel Temer.
De acordo com a nota, o governo dos EUA acompanhou a decisão do Senado sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff e está confiante de que vai “continuar a forte relação bilateral que existe entre os nossos dois países?.
“Como as duas maiores democracias e economias do hemisfério, o Brasil e os Estados Unidos são parceiros comprometidos. Os Estados Unidos cooperam com o Brasil para tratar de questões de interesse comum e desafios globais mais prementes do século 21. Pretendemos continuar esta colaboração essencial”, conclui a nota.
Antes, o porta-voz fez questão de frisar que o julgamento, no plenário do Senado, seguiu as normas legais do Brasil, na contramão do discurso petista de que o processo de impeachment foi um golpe.
?Acompanhamos que o Senado brasileiro, de acordo com o quadro constitucional do Brasil, votou para remover a presidente Dilma Rousseff do cargo?.
A relação entre EUA e Brasil durante do governo Dilma, em especial no final do primeiro mandato, foi marcada por tensão. Em 2013, a então presidente cancelou uma visita de estado, o mais elevado convite que a Casa Branca formaliza a chefes de estado estrangeiros, depois do escândalo no qual Dilma teria sido espionada pela inteligência americana.
