Cotidiano

Entidades se manifestam sobre o fim do processo de impeachment

SÃO PAULO – Poucas horas depois de o Senado decidir afastar definitivamente a presidente Dilma Rousseff do cargo, entidades e sindicatos começaram a se manifestar sobre o fim do processo. Elas pedem, principalmente, para que o governo de Michel Temer tome medidas para que o crescimento econômico no país seja retomado o mais rápido possível, além de agilidade nas reformas previdenciária, trabalhista e tributária e o combate à corrupção.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf que, desde o início se declarou favorável ao impeachment de Dilma, afirmou em nota que o país? vive hoje um dia histórico?. Ele disse ainda que, nos últimos anos, o país andava ?como um trem descarrilhado? e citou os altos índices de desemprego, o recuo do PIB e alta na inflação, além do fechamento de lojas e fábricas como sinais de uma ?economia combalida?.

A entidade defendeu o ajuste fiscal como ?a mãe de todas as reformas?, pediu que o governo de Michel Temer controle os gastos, combata à corrupção e não aumente os impostos. Skaf também considerou importante a reforma da Previdência e o destravamento de obras de infraestrutura no país.

? Chegou a hora de voltar aos trilhos da confiança, do desenvolvimento, da gestão eficiente, da boa governança, do crescimento e da geração de empregos e riquezas para o país. Os desafios são grandes, as medidas necessárias são complexas, e os resultados serão obtidos com o tempo. O novo governo chega com um voto confiança da nação. Mas deve, com a ajuda de todos, ser firme no esforço diário pela reconstrução do nosso Brasil?, finaliza o comunicado.

Em um curto comunicado, o presidente do Santander Brasil Sérgio Rial afirmou que ?é chegada a hora de se fazer um pacto pela retomada do crescimento econômico e da geração de empregos? e pediu ?tolerância para reduzir a distância dos polos ideológicos? e ?urgência? para tomar as medidas para que o país saia da crise o mais rápido possível e de forma sustentável.

Em seu comunicado, o sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) afirmou que a conclusão do impeachment ?encerra a longa crise de governabilidade que agravou a recessão e o desemprego e levou o país a perder o grau de investimento? e que, nesta quarta-feira, se inicia uma ?etapa decisiva? para a retomada do crescimento da economia. O sindicato também pediu que as reformas previdenciária, trabalhista e tributária avancem rapidamente.

? As medidas econômicas até agora anunciadas sinalizam intenções positivas. Espera-se sua sustentação, com o apoio coeso da aliança das forças políticas e sociais que levaram ao impeachment. À indústria da construção civil caberá um papel de protagonismo na retomada econômica. Diversos indicadores dão conta da melhoria das expectativas dos empresários deste e de outros setores da economia. Quanto mais cedo crescer o volume de investimentos, mais rapidamente eles se traduzirão em obras, arrecadação e emprego?, diz um trecho da nota, pedindo ainda a retomada do Programa Minha Casa, Minha Vida.