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Energia e transmissão garantidas ao longo dos Jogos Rio 2016

IBC.JPGLevar todas as emoções dos Jogos Olímpicos do Rio 2016 para a casa de cinco bilhões de telespectadores exigiu a construção de um enorme prédio no Parque Olímpico. Ocupando uma área de 85 mil m2, equivalente a três campos de futebol, o Centro de Transmissão Internacional (ou IBC, na sigla em inglês) é a maior obra não-esportiva do complexo olímpico da Barra da Tijuca.

O tamanho é justificado pela grandeza dos números: foram credenciados 21,4 mil profissionais de 180 emissoras de rádio, televisão e internet detentoras dos direitos de transmissão dos Jogos. A eles se juntam ainda mais de 7 mil profissionais do escritório central do Olympic Broadcasting Services (OBS), em Madri, na Espanha, que foram alocados no Rio para a 31ª edição dos Jogos.

Todo esse pessoal trabalhará diretamente na geração de mais de 6 mil horas de conteúdo para quase 230 países. O OBS estima que nos momentos de maior pico trabalhem de oito mil a dez mil profissionais simultaneamente, algo que exige enorme estrutura elétrica para que não haja nenhuma falha na geração de imagens e sons. Toda a estrutura e tecnologias de distribuição de energia do local são fornecidas pela GE, que colocou dentro do IBC um dos principais sistemas UPS (Uninterruptible Power Supply, ou Fornecimento Ininterrupto de Energia em português), usados na competição.

Veja tambémEssa tecnologia, também conhecida por no-break, está protegida dentro de um contêiner climatizado e garante o abastecimento de energia no local por até 15 minutos em caso de falta de eletricidade ? tempo suficiente para que geradores de emergência sejam acionados. Ela trabalha suportada por um pacote completo, formado por transformadores, painéis de baixa e média tensão e outros componentes menores. Ao todo, a GE instalou mais de três mil unidades de sistemas de no-breaks nas áreas olímpicas para garantir que os placares das arenas e a iluminação dos campos de disputa estejam sempre acesos.

Cerca de 600 no-breaks têm tecnologia para monitoramento em tempo real, para que qualquer tipo de variação de energia em alguma instalação seja prontamente identificada e se tome conhecimento de como os sistemas agiram para corrigir ou mitigar as falhas. Ou seja, a qualquer falha ou instabilidade na rede elétrica em um local de competição, o equipamento é acionado, garantindo a plena continuidade das disputas e suas transmissões, independentemente de oscilações geradas por excesso de demanda ou fatores naturais. A preocupação é justificada pela própria experiência da GE em eventos dessa magnitude:

– Nos Jogos de Londres, em 2012, nosso sistema detectou mais de 1.800 ocasiões em que os nobreaks precisaram assumir a carga devido a oscilações na rede elétrica, além de 600 eventos de sobrecarga – afirma Alfredo Mello, líder Comercial da GE para os Jogos Olímpicos.

– E trata-se de uma cidade onde o ?grid? (sistema de abastecimento elétrico) é mais confiável que o do Rio de Janeiro – finaliza.