Ao ser apresentada pela CBF na manhã desta quinta-feira, Emily Lima entrou para a história como a primeira treinadora mulher da seleção brasileira feminina de futebol. Em sua primeira coletiva no cargo, a técnica disse que pretende fazer uma transição de gerações gradual, contando com Marta e Cristiane para o próximo ciclo olímpico.
– Eu ainda acredito que a Marta consiga ficar nesse ciclo de quatro anos e a Cristiane também. A Formiga também apostaria, mas ela vai estar com 42 (tem 38 atualmente). Acredito muito nessas meninas mais novas. Apostar na renovação, mas com cautela e calma – afirmou.
Emily falou ainda sobre o desejo de conversar com o treinador da seleção masculina, Tite, com quem já desejava ter um contato.
– Uma das perguntas que fiz ao presidente é se eu poderia trocar ideias com Tite. Eu já havia pensando nisso quando ele estava trabalhando em clube. Gostaria de estagiar com ele, trocar ideias. Hoje mais próximo eu espero que isso aconteça, pois vai engrandecer muito meu trabalho. Admiro demais o Tite como pessoa e como profissional. – contou.
A treinadora falou sobre o ineditismo da sua escalação como técnica, e disse que está preparada para a cobrança. Ela irá trazer uma coaching esportiva, também mulher, para ajudar na adaptação do time a esse novo momento.
– Sei que vou ser muito cobrada, até por ser mulher, independente do resultado. Não acredito que o futebol mude com mulher ou sem mulher. A gente precisa estar capacitado. Vou ter uma relação diferente com as meninas. A única mudança seria fora do campo mesmo. Propus ainda uma coaching esportiva ao presidente e isso seria importante e ela seria mulher. Ajudaria no desenvolvimento do trabalho – afirmou.
