Política

EDITORIAL: Onde você se informa?

Seja pela facilidade, seja pela popularização, as redes sociais se tornaram uma fonte importante de acesso a notícias. Contudo, essa tendência começa a mudar. Pelo menos é essa a conclusão do Relatório sobre Notícias Digitais do Instituto Reuters, um dos mais conceituados do mundo. O estudo, divulgado nesta semana, entrevistou milhares de pessoas em 37 países para entender os hábitos de consumo de jornalismo.

A pesquisa revela que o índice de pessoas que se informam pelas redes sociais caiu em diversos mercados importantes, como Estados Unidos (6%), Reino Unido e França. O principal motivo é a perda de popularidade do Facebook. Contudo, a rede social ainda é a mais usada para ler notícias (36%), seguida de Whatsapp (15%), Twitter (11%), FB Messenger (8%) e Instagram (6%).

Na comparação entre países, o Brasil ainda é o local pesquisado em que o Facebook tem maior popularidade como fonte de notícias (66%), seguido por Estados Unidos (45%), Reino Unido (39%) e França (36%).

Por outro lado, aplicativos de troca de mensagens, como Whatsapp, FB Messenger, Telegram e Skype, estão ganhando espaço como palco de troca de notícias. Entre os brasileiros entrevistados, quase a metade (48%) afirmou usar o Whatsapp para acesso a conteúdo jornalístico. O País só fica atrás da Malásia, onde o índice foi de 54%. O percentual vem crescendo também em outros países, como Espanha (36%) e Turquia (30%).

Dos entrevistados, 44% disseram confiar no jornalismo a que têm acesso pelas redes sociais. No Brasil, esse número é ainda maior: 59%, atrás apenas de Portugal e Finlândia, onde alcança 62%.