Cotidiano

Dicas para uma escolha segura do aquecedor elétrico

RIO – Com a chegada do inverno e a queda brusca da temperatura em algumas cidades, principalmente no Sudeste e Sul do país, crescem as vendas de aquecedores elétricos. No entanto, a compra de um modelo deve ser observada e pesquisada cuidadosamente pelo consumidor. De acordo com o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), é necessário verificar quais as principais necessidades dos moradores da casa, além de atentar para a segurança do equipamento, parte mais importante na hora de evitar acidentes.

Existem quatro tipos mais comuns de aquecedores. Para orientar os consumidores, o Idec listou quais são e as vantagens e desvantagens de cada um:

Irradiador: esse aquecedor funciona por meio de resistências incandescentes protegidas por grades metálicas. A sua vantagem é o seu bom desempenho, pois quase toda a energia consumida por ele é transformada em calor. O preço, geralmente, mais baixo também atrai clientes, contudo esse tipo de aquecedor não é recomendado para quem tem crianças e animais de estimação em casa, pois ele pode queimar objetos que estejam muito próximos. Além disso, a troca de calor entre a resistência e o ar tornam o ambiente mais seco.

De gabinete: esse aquecedor funciona de forma parecida com o irradiador. Ele também possui resistências incandescentes, contudo a diferença é que esse tipo é protegido por gabinetes fechados e o calor é espalhado pelo ambiente por meio de um ventilador. Suas vantagens são: facilidade de transportar e menor gasto de energia. Contudo, eles apresentam um desempenho inferior ao do tipo irradiador, também deixam o ambiente mais seco e não são tão seguros, pois há risco de queimaduras.

A óleo: apesar do nome, este aquecedor também é elétrico. Por meio de resistências, o óleo dentro do radiador é aquecido, de um modo parecido com locais que possuem aquecimento central. Como o ar não entra em contato com a resistência, o ambiente não fica ressecado – uma grande vantagem para quem sofre com o ar seco. As desvantagens desse modelo são: o preço, geralmente, mais caro que os outros modelos; aquecimento mais lento; e o gasto maior na conta de luz.

Split: parecido com um aparelho de ar condicionado, o split funciona apenas para aquecer o ambiente. No quesito segurança, esse modelo é considerada a melhor opção, já que não apresenta nenhum risco de queimadura. Além disso, esse modelo espalha o calor de maneira uniforme pelo ambiente, é mais silencioso do que os outros tipos de aquecedores, tem bom rendimento e tem a vantagem de ser usado como circulador de ar. A desvantagem do tipo split é que ele precisa ser instalado por um profissional, sendo assim, há um gasto adicional para o consumidor.

IMPACTO NO BOLSO

O uso de aquecedor elétrico pode ter um impacto negativo na conta de luz do consumidor. Em 2010, o Idec avaliou diversos tipos de aquecedores elétricos, de nove marcas diferentes, analisando 21 modelos no total. De acordo com a pesquisa, embora os preços dos aquecedores sejam até acessíveis, o aparelho pode se tornar um vilão na conta de luz. Segundo a pesquisa, um aquecedor ligado por oito horas ao dia durante duas semanas pode gerar um impacto entre R$ 50 e R$ 95 mensais na conta de energia, dependendo do modelo.

Se você não dispensa o aquecedor, saiba que alguns hábitos podem ajudar a diminuir seu impacto na conta de luz. Tirar o aparelho da tomada durante o período em que ele não está sendo usado é uma boa dica para economizar. E lembre-se: quando o aparelho estiver ligado, verifique se portas e janelas no ambiente estão fechadas e usá-lo somente quando tiverem pessoas no local – isso ajuda a evitar desperdício de energia.

Outra dica importante para que o uso do aquecedor não pese no bolso, segundo o Idec, é comprar aparelhos elétricos identificados com o selo Procel (Programa Nacional de conservação de Energia Elétrica). lembrando que os produtos que apresentam as notas A ou B possuem uma maior eficiência energética, ou seja, consomem menos energia do que as que indicam notas D ou E.