Cotidiano

Devastada, Amatrice é polo turístico e gastronômico italiano

201608240927429904_AP.jpgRIO – Uma parcela do turismo e da gastronomia italianos também foi vítima do terremoto que atingiu a região central do país na madrugada desta quarta-feira. Literalmente dividida pela metade após o abalo, o vilarejo de Amatrice, com 2,6 mil habitantes, era um importante polo turístico e gastronômico do país, reduto de romanos que desejam escapar do calor nos finais de semana de agosto.

Localizado na região do Lazio, o município fundado na Idade Média abriga mais de 100 igrejas históricas e faz parte do Parque Nacional del Gran Sasso e Monti della Laga, o terceiro maior da Itália. Entre os seus visitantes, estão os amantes dos pássaros, que normalmente buscam uma chance de encontrar a rara águia-real.

Em 2015, Amatrice entrou para o guia “I borghi più belli d’Italia” (“Os vilarejos mais belos da Itália”), que reúne cidadezinhas pitorescas com o melhor da tradição do país. No próximo fim de semana, receberia o Festival do Espaguete à Matriciana e, por isso, estava repleta de turistas. Uma das maiores tradições italianas, o molho matriciana deve seu nome à cidade, que é uma grande produtora de dois de seus ingredientes, o guanciale, uma espécie de bacon não-defumado, e o queijo pecorino. Outra especialidade é o nhoque ricci, feito à base de farinha, ovo e água quente.

Completamente devastado pelo terremoto, o centro histórico de Amatrice era rodeado por um sistema de fortificações, com alguns trechos visíveis até os dias de hoje. Um de seus maiores destaques era a Torre Cívica, uma construção de pedra com 25 metros, erguida em frente a prefeitura.

Segundo o prefeito Sergio Pirozzi, em entrevista à Sky News, 35 foram mortos pelo terremoto na cidade e ainda restam pessoas sob os escombros. As estradas de acesso à cidade estão bloqueadas.