Cotidiano

Designer de interação: conheça a profissão que o mercado digital precisa

Os serviços de streaming por assinatura Netflix, com filmes e séries, e o Spotify, com música, são líderes em seus segmentos. Boa parte do sucesso dessas empresas sobre os seus concorrentes se deve ao fato de os produtos oferecidos por elas se adaptarem perfeitamente às telas nas quais são exibidos. Assim, o conteúdo online é pensado para oferecer a melhor experiência ao usuário, de acordo com o dispositivo em que é exibido, seja celular, smartv, computador ou tablet. E a garantia que essa transposição será feita da melhor maneira está nas mãos de um profissional cada vez mais em destaque: o designer de interação. Ele pode fazer toda a diferença no sucesso de um produto em um mercado altamente competitivo e bilionário.

Matéria design de interação 6.jpgCom a cara do século XXI, essa profissão não se resume a adaptar o conteúdo para caber em diferentes tamanhos de tela. Ao desenvolver seu trabalho, ela precisa pensar em que situação se encontra quem recebe o conteúdo. Por exemplo, buscar uma música para ouvir é uma experiência diferente do celular para o computador. No primeiro dispositivo, o usuário navega apenas com a ponta dos dedos, podendo estar em movimento. Já no segundo, ele tem acesso ao mouse e teclado e, geralmente, está sentado.

Considerando essas e outras variáveis na criação de soluções digitais, o designer de interação ganha destaque no mercado de trabalho, com o potencial de se tornar cada vez mais necessário, se considerarmos que o mundo está cada vez mais online e interativo.

Sempre atento às necessidades do mercado, o Senac RJ lançou, em 2013, o curso de Pós-Graduação em Design de Interação. A especialização prepara os alunos para criar soluções digitais, utilizando técnicas de design centradas na experiência do usuário. Ao fim do curso, cada pós-graduando constrói seu próprio protótipo de interface interativa.

A pós capacita profissionais aptos a atuar num mercado amplo, em empresas como as de desenvolvimento de softwares, aplicativos e serviços online, escritórios de design, agências de publicidade e digitais de comunicação, entre outros inúmeros negócios desse universo interativo.

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Do computador de um designer de interação pode sair a interface de produtos variados, como as das redes sociais, plataformas e-commerce, sites e apps de transações bancárias, games e softwares de todo o tipo. Ex-aluno da Pós-Graduação em Design de Interação do Senac RJ, Hélio Miranda é um desses profissionais especializados.

? Minha impressão foi boa desde o início das aulas, porque no Senac RJ a gente não vê só a teoria, tudo pode ser aplicado. Tem muita prática em sala de aula. Há cursos de pós nos quais você apenas fica sentado, assiste às aulas, e a prática se resume a trabalhos de casa ? diferencia Hélio.

Além da prática, o aluno do Senac RJ tem acesso a um currículo completo que forma um especialista em design de interação capaz de compreender o negócio como um todo, sabendo não só desenvolver soluções digitais, mas também como geri-las. Entre as disciplinas estão Design Centrado no Usuário, Gestão Ágil de Projetos Interativos, Hierarquia da Informação e Design Emocional.

Matéria design de interação.jpgDiretor de criação de uma agência referência na área, a Huge, Luciano Pouzada ressalta a importância da formação completa para um designer de interação, que vai precisar criar soluções digitais criativas e precisas:

? Nossa tarefa é criar sites, aplicativos, totens interativos, sempre de acordo com o que o público precisa. É simplificar o mundo com soluções que facilitem o cumprimento das tarefas diárias, e garantir que o aprendizado do usuário seja o mais rápido possível.

Luciano acredita que a experiência do usuário é o ponto central para o desenvolvimento do design de interação, que precisa se basear no conhecimento do perfil do público que usará a ferramenta digital. Para o diretor de criação, a área oferece uma grande oportunidade para quem gosta de tecnologia, design e arquitetura da informação:

? Eu tive colegas formados em Biblioteconomia, Comunicação Social e outras áreas do design. Em comum, eles tinham o interesse em melhorar a vida das pessoas. Ver no dia a dia delas a oportunidade de criar soluções, tornar suas tarefas mais rápidas, criar experiências memoráveis. Para trabalhar na área é preciso ser curioso, gostar de estudar e se informar sobre o assunto ? conclui Luciano.

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