Cotidiano

DER recolhe quase uma tonelada de lixo por dia

Assis Chateaubriand – Pode ser que você nem perceba, mas se não há lixo no acostamento das rodovias estaduais da região não é porque houve conscientização plena dos motoristas e seus caronas em não descartar nada pela janela. Muito pelo contrário! A falta de respeito, de responsabilidade ambiental e o descaso fazem com que uma empresa contratada pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem) fique constantemente em alerta.

Além da roçada, do recolhimento de galhos e pintura da sinalização horizontal, os 11 funcionários recolhem todo tipo de lixo deixado ou despejado pelos transeuntes nos trechos estaduais, as chamadas PRs na região.

No dia em que a reportagem passou por uma delas, a PR-239 entre Toledo e Assis Chateaubriand, centenas de sacos com todo tipo de dejeto estavam espalhadas à margem da via, repletos de lixo que já haviam sido recolhidos. Logo atrás, uma carretinha pegava esses sacos. “É todo dia assim. Muito lixo recolhido. Tem lata, pacote de salgadinho, tem de tudo. São umas seis carretas dessas todos os dias recolhidas. No caso da região de Assis Chateaubriand, ele é levado para o aterro sanitário da cidade”, disse o coletor Nelson Vieira, que há um ano faz esse serviço.

Essas seis carretas diárias recolhem cerca de uma tonelada de lixo recolhido por dia, desde o descarte, os galhos, a vegetação e os restos de pneus que ficam às margens da pista. “Destes, têm um monte. Os recapes de pneus ficam soltos e viram um perigo se não tirá-los da rodovia”, avalia o profissional.

Outras rodovias

Se não estão na PR-239, a equipe vai para a PR-585 (São Pedro do Iguaçu), para a PR-182 (Palotina), a PR-495 (Santa Helena) e para outras próximas. “A gente só para mesmo quando chove. Quando tem sol, tem trabalho sempre e muito trabalho”, garante o coletor.

Além de manter as encostas sempre limpas e com mais segurança para a trafegabilidade, a ação garante uma renda extra. Se a falta de respeito de quem descarta esse material nas vias públicas merece reprovação, há um lado bom nessa história. O material que pode ser reciclado, como latas e sacos plásticos, fica com os trabalhadores, que os revendem depois. “Já ajuda mais um pouquinho, né?”, brinca ele, para quebrar a árdua rotina de trabalho.