Cotidiano

Defensores do impeachment querem suspeição de testemunhas de defesa

BRASÍLIA – A base aliada do presidente interino Michel Temer pretende pedir a suspeição de testemunhas de defesa da presidente afastada Dilma Rousseff durante o julgamento do impeachment no Senado. As movimentações começaram após o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, ter acatado pedido da defesa e declarado como “suspeito” o procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira. Com a mudança de qualificação, o depoimento não vale como prova testemunhal, do ponto de vista jurídico.

Assessores de parlamentares da base estão vasculhando redes sociais das seis testemunhas indicadas pela defesa e pesquisando manifestações públicas, pareceres e outras declarações dadas por eles. Eles já encontraram informações que, na visão da base, poderiam ensejar pedidos de suspeição feitas pelo economista Luiz Gonzaga Belluzzo, dos professor Ricardo Lodi Ribeiro e Geraldo Prado e da ex-secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento Esther Dweck.

A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) defendeu que o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa seja ouvido como informante. Para ela, a decisão de Lewandowski não prejudicou em nada o julgamento.

? Acredito que ele vá decidir pela suspeição de Barbosa, na medida em que ele tomou as medidas contestadas aqui. Se fizer isso, equilibra a balança. Mas ser informante não prejudica em nada, porque já passamos das premissas e trata-se de um julgamento político ? disse Simone Tebet.