Política

Contra a Escola Sem Partido

O projeto de lei que determina a Escola Sem Partido, mais uma vez gerou polêmica na Câmara de Vereadores de Cascavel. E apesar dos vereadores que assinam o projeto terem afirmado em discurso que receberam apoio dos educadores, não foi isso que se viu na sessão de ontem.

O presidente do Siprovel (Sindicato dos Professores de Cascavel) Amilton Peletti fez uso da Tribuna do Povo para dizer que os professores são contra a iniciativa. Para começar o discurso, ele apresentou uma declaração do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) comprovando que não faz parte de nenhum partido político.

Ele fez um desabafo dizendo que o projeto desrespeita os educadores, que são especializados para cumprir com as atividades que exercem. “Mais de 95% dos professores são mulheres. Muitas são mães. Esse projeto é uma afronta aos educadores”, afirmou.

E ainda ressaltou dizendo que os autores da proposta ou não têm conhecimento ou fizeram isso de má fé. “Isso é coisa de quem já vem perseguindo os professores faz tempo. Dizer que quem é contra o projeto é a favor da pedofilia, isso é muito forte. Nunca imaginamos que uma coisa dessa ia surgir contra o professor. Nós sempre defendemos a participação da família na escola”, rebateu.

O projeto

O projeto Escola Sem Partido basicamente proíbe os educadores do debate político em sala de aula e da incitação aos alunos a participar de manifestações. “Por acaso alguém aqui já viu um professor de Cmei ir a um protesto com um estudante no colo, para influenciar politicamente?”, questionou.