Cotidiano

Confronto com seguranças de candidato e traficantes deixa três feridos

RIO – Três pessoas – um idoso e duas crianças – ficaram feridas num confronto, com troca de tiros, na tarde desta segunda-feira entre seguranças de Diego São Paio, candidato a prefeito de São Gonçalo pela Rede e traficantes do Morro da Coruja, em São Gonçalo. O político cumpria agenda na comunidade. Os feridos foram encaminhados para hospitais em São Gonçalo. Gabriela Gouveia, de 13 anos, foi atendida com um tiro no tórax. Um outro ferido, foi o aposentado Roberto Enéas da Silva, de 61 anos. A terceira vítima ainda não foi identificada.

A troca de tiros foi confirmada pelos policiais militares do 7º BPM (São Gonçalo). O registro da ocorrência foi feito na 73ª DP (Neves). O confronto teria ocorrido por volta das 17h.

Decreto do presidente da República, Michel Temer, autorizou no dia 23 de agosto o emprego das Forças Armadas para a garantia da ordem pública durante a votação e a apuração das eleições municipais deste ano. O documento ainda estabelece que as localidades e o período de atuação serão definidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

De acordo com o decreto, os Tribunais Regionais Eleitorais deverão encaminhar ao TSE as relações das localidades onde se faz necessária a presença de força federal. Esses pedidos, além de conterem a justificativa, deverão ser apresentados separadamente para cada zona eleitoral, com indicação do endereço e do nome do juiz eleitoral a quem o efetivo da força federal deverá se apresentar.

A permanência dos militares na cidade é para atender um pedido formal do ministro Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo o ministro, os militares irão garantir a segurança dos eleitores, das urnas e dos candidatos em regiões dominadas pelo tráfico e pela milícia.

?Há muita insegurança no Rio de Janeiro. O próprio presidente (do TRE) nos pediu que fizesse intervenção. E nós cuidamos de traduzir essa preocupação ao ministro Raul Jungmann, da Defesa, para que pelo menos parte dessas forças lá permaneçam depois das Olimpíadas e alcancem o período eleitoral?, afirmou o presidente do TSE, na nota divulgada pela Corte eleitoral.