Política

Coluna Esplanada do dia 07 de junho de 2018

Collor 2.0

Fernando Collor (PTC) hoje é candidato para valer à Presidência. Como tem mandato de senador até 2023, não perde nada. Segundo relata a próximos, é a chance de prestar contas da sua renúncia e da “perseguição” no processo de impeachment. Falta explicar também sua antiga relação com a Justiça. Agora, ele é réu no Supremo Tribunal Federal na Operação Lava Jato, por suspeitas de influência na BR.

Eita!

A Associação dos Engenheiros da Petrobras soltou carta desancando Pedro Parente, a despeito da saída do ex-presidente. Em destaque, o documento informa que ele “não explica por que tentou privatizar a Petrobras Distribuidora”, a famosa BR, braço lucrativo e bilionário da petroleira.

Saldo no azul

Em outro trecho, criticam a venda de 2 mil km de dutos e a venda da Liquigás, apesar de, segundo frisam, vetada pelo Cade. A Aepet ainda ataca o fato de vender ativos da petroleira enquanto mantém em caixa mais de US$ 20 bilhões (!).

Doria x Alckmin

A Coluna antecipou que vem aí uma pesquisa que vai decidir o candidato do PSDB ao Planalto. É uma Datafolha que sai domingo. João Doria pode surgir com índices bem melhores que Geraldo Alckmin. Ou mesmo sem Doria na sondagem os números ainda baixos do ex-governador podem deixá-lo sob o risco de não disputar.

Aluga-se

Enquanto repassa a conta da greve dos caminhoneiros para contribuintes e corta recursos da educação e saúde, o governo faz pouco caso da auditoria do TCU que apontou falhas na locação de imóveis da administração pública federal.

Autonomia

O Tribunal apontou que órgãos pagam, em menos de três anos de aluguel, o valor de construção do imóvel. À Coluna, o Ministério do Planejamento admite que nenhuma medida foi tomada em relação à auditoria e os “órgãos têm autonomia administrativa e orçamentária para realizar suas despesas de custeio, incluindo as de locação”.

Padrinho

Denunciado pelo Ministério Público por suposta improbidade administrativa, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), terá mais de US$ 83 milhões para fomentar o turismo na capital. Os recursos foram liberados após intensa articulação do presidente o Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).

Celeridade

O Projeto de Resolução que autorizou o empréstimo para a prefeitura com o Banco de Desenvolvimento da América Latina tramitou célere pela Comissão de Assuntos Econômicos e no plenário do Senado. Eunício e Roberto Cláudio assinaram o contrato do financiamento no dia 4, no Ministério da Fazenda. Eunício é candidato à reeleição.

Cabo eleitoral

Em meio às sequelas causadas pela greve dos caminhoneiros, o presidente Michel Temer encontra tempo para atuar como cabo eleitoral do presidenciável Henrique Meirelles. Nos últimos dias, intensificou os contatos com caciques e parlamentares de partidos do chamado Centrão.

Mais uma

A senadora Ângela Portela (PDT-RR) engrossa o coro contra a indicação de Cairo Tavares (Pros) para o comando do ICMBio. “Não se pode atrelar a indicação a um cargo tão importante à barganha de votos no Congresso”, dispara.

***Do outro lado

O ex-juiz Márlon Reis (Rede), idealizador da Lei da Ficha Limpa, estreou bem em sua primeira eleição, com 10% dos votos válidos e um quinto lugar para governador na eleição suplementar no Tocantins. Vai disputar o mesmo cargo em outubro, mas avisa que não quer aliança com nenhum dos dois que foram ao segundo turno nesse pleito.

***Discurso

“Pretendo combater as práticas oligárquicas que condenam o Estado a um quadro profundo de corrupção”, ressalta o Márlon Reis, que terá Marina Silva em seu palanque.

Tecnologia & eleição

Veja como a tecnologia em tempos de cofres vazios para campanhas pode dar um empurrão nas urnas. O software SigEleitor surgiu em Curitiba e oferece mailing e ferramentas de comunicação digitais para ampliar a divulgação, e compartilhamento de mensagens nas redes – com monitoramento. Hoje é usado pela Cliptime.

Termômetro

Um empresário brasileiro que mora há 30 anos em Miami, filiado ao Partido Democrata, garante que o presidente Donald Trump arrumará uma guerra dentro de dois anos. Precisa dar satisfação à indústria bélica financiadora de sua campanha.

No mais…

…isso explica, em parte, por que Trump tem metralhado alguns países com ataques verbais. Um dia é a Coreia do Norte, outro dia é a China.