Cotidiano

Chuva atrasa a colheita

A chuva que caiu em peso neste fim de semana interferiu, mais uma vez, no desenvolvimento da safra de verão. As variações climáticas e do tempo, no entanto, têm sido desde o início do ciclo as principais vilãs do cultivo de verão.

A expectativa do Deral (Departamento de Economia Rural) era para que, com sol, os produtores intensificassem a colheita da soja que está com seu desenvolvimento atrasado em pelo menos um mês.

O excesso de umidade provocado pela chuva que caiu sem parar neste sábado e domingo impediu a entrada das máquinas no campo, protelando ainda mais a retirada do cereal das lavouras e oferecendo mais risco ao plantio da safrinha que se estende pelo atraso.

Segundo o técnico do Deral no Núcleo Regional da Seab de Cascavel, José Pértille, em torno de 14% das lavouras da oleaginosa haviam sido colhidas até metade da semana passada e na contrapartida em torno de 25% da área a ser destinada ao milho safrinha já haviam sido semeados. A expectativa é para que o milho ocupe 300 mil hectares em 28 municípios da regional na safra de inverno.

As perdas da soja

Os dados oficiais referentes às perdas da soja ainda não foram divulgados, mas hoje o Deral vai emitir um boletim mensal com alguns detalhamentos. Com base em informações obtidas pelo Hoje News com integradoras, cooperativas e produtores, estima-se que neste momento as perdas alcancem 15% das lavouras. Isso significa que de quase dois milhões de toneladas esperadas na regional, preliminarmente pode reduzir para 1,7 milhão de toneladas.

O tempo

Hoje ainda deve chover na região de Cascavel. A partir de amanhã o céu fica com muitas nuvens, mas sem previsão de precipitação. O tempo deve firmar de vez na quinta-feira, quando os produtores deverão retomar o processo de colheita da soja seguido pelo plantio do milho.

Zoneamento ampliado

Vale lembrar que em Cascavel o zoneamento para o cultivo do milho safrinha já teria se encerrado no dia 10 deste mês, mas uma portaria do Ministério da Agricultura ampliou a cobertura do seguro por 20 dias, isso significa que os produtores têm até o fim do mês para plantar o cereal. Fora do zoneamento o seguro não cobre eventuais perdas sofridas por interferências climáticas, como geadas, por exemplo, tendo em vista que o principal momento para o desenvolvimento deste cereal ocorre no período crítico do inverno, nos meses de maio e junho.