Cotidiano

China anuncia que irá proibir mercado de marfim em 2017 para proteger elefantes

KENYA-IVORY-WILDLIFE-FIRE-AFP PICTURES OF THE YEAR 2016

RIO – O governo chinês anunciou em comunicado, nesta sexta-feira, que o mercado de marfim no país terminará em março de 2017, como forma de minimizar a devastação em massa de elefantes africanos.

A China já havia anunciado anteriormente seus planos para acabar com este tipo de comércio, o que defensores do meio ambiente vêm apontando há anos como um importante passo para a preservação dos animais ? o crescente consumo no país é responsável pela maior parte da caça aos elefantes na África. Há quem estime que 70% dos produtos que circulam neste mercado predatório terminem ali.

A decisão segue uma resolução da Conferência das Partes da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e da Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites) que aconteceu em outubro, na África do Sul.

A ONG WWF comemorou a notícia, classificando-a como ?um anúncio histórico? que ?sinaliza um fim ao mercado legal primário de marfim no mundo e um forte impulso aos esforços internacionais para enfrentar a crise da caça de elefantes na África?.

Enquanto o mercado internacional de marfim foi fechado em 1989, sistemais legais de comércio permaneceram em vários países pelo mundo.

Em abril, em um ato simbólico, o presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, incendiou 105 toneladas de marfim no parque nacional de Nairóbi. O ?ouro branco? queimado fazia parte da reserva de marfim do país, constituída quando o comércio internacinal do material foi proibido. Ele pediu o fim da prática predatória, apontando para os danos aos animais e ao patrimônio natural.

A matança dos animais nestes últimos sete anos reduziu as populações de elefantes da África a um terço, segundo o recém-divulgado Grande Censo de Elefantes.

Grupos crimonosos têm usado o mercado legal chinês como cobertura para seus negócios ilegais na caça de animais.