WASHINGTON – O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, decidiu seu futuro secretário de Trabalho: Andy Puzder, CEO da CKE (que opera a Hardee’s e a Carl’s Jr), um dos conglomerados mais poderosos do fast food americano. Não anunciado oficialmente (ele e Trump ainda não confirmaram), Puzder é árduo crítico de iniciativas pelo aumento do salário mínimo e pelo pagamento de benefícios trabalhistas regulados. Suas posições dividem sindicatos. trump cabinet
Californiano, Puzder foi um dos primeiros grandes empresários a colaborarem financeiramente para a campanha de Trump. Ele organizou eventos de arrecadação e contribuiu com pelo menos US$ 150 mil para a corrida.
Puzder se destacou nos últimos anos por fazer campanha contra regulações governamentais excessivas nas empresas. Em comentários e publicações na imprensa, ele alegou que aumentar o salário mínimo acima da inflação forçaria empregadores a fecharem postos de trabalho.
Numa polêmica recente, Puzder criticou uma decisão do governo a favor de garantir o pagamento de hora extra para 4 milhões de trabalhadores assalariados. Ele também defende a automação na indústria do fast food.
O setor no qual Puzder é especializado tem feito greves e campanhas nacionais pelo aumento para US$ 15 a hora, valor apoiado por sindicatos.
O Departamento de Trabalho regula salários, segurança e discriminação no ambiente de trabalho. Representantes empresariais gostaram.
“Puzder é uma escolha excepcional que trará mais experiência dos negócios e olhar político em tantos assuntos que impactam empregados e empregadores”, comemorou em nota Robert Cresanti, presidente da Associação de Franquis Internacionais.
Mas muitos sindicatos criticaram a escolha.
? Trump estava fazendo um bom jogo na luta pela Presidência quando se referia a ajudar os trabalhadores e dar a eles mais oportunidades, mas com as indicações que fez, parece mais o contrário ? criticou Lee Saunders, presidente de um sindicato nacional de funcionários públicos.