Cotidiano

Cascavel quer transformar Hospital de Retaguarda em Centro de Cirurgias Eletivas

O hospital de Retaguarda conta hoje com 30 leitos de UTI e 28 de enfermaria

Cascavel quer transformar Hospital de Retaguarda em Centro de Cirurgias Eletivas

Cascavel – O Hospital de Retaguarda de Cascavel que atualmente atende exclusivamente pacientes com covid-19, será transformado em um Centro de Cirurgias Eletivas de baixa e média complexidade em 2022, após o final da pandemia do coronavírus. A informação foi confirmada pelo secretário de Saúde do Município, Miroslau Bailak, que esteve em Curitiba durante a semana acertando detalhes do projeto junto a Secretária de Saúde do Paraná.

O hospital de Retaguarda conta hoje com 30 leitos de UTI e 28 de enfermaria. Quando a pandemia acabar, o hospital irá voltar a ficar com 10 leitos de UTI. Segundo Miroslau, o Município precisa se prevenir e dar outra destinação ao hospital. Para ele, a melhor forma para dar suporte maior à população é transformar o Retaguarda em uma Centro de Cirurgias Eletivas de pequenas e média complexidade.

De acordo com o secretário, o Retaguarda tem a capacidade e equipe técnica para realizar até 400 procedimentos de pequena e média complexidade por mês. “Tenho condições e equipe para fazer 400 cirurgias de médio e pequeno porte por mês”, afirma.

Contudo, Bailak adianta que para a transformação do hospital em um centro de eletivas é necessário realizar uma série de modificações. Isso porque, quando o hospital foi destinado para o tratamento exclusivo de pacientes com a covid-19 houve modificações necessárias para assegurar a criação dos novos leitos de UTI, além disso, é necessário readaptar o centro cirúrgico do hospital, que hoje é ocupado por leitos de UTI. “Todas essas questões do centro cirúrgico foram mexidas quando foi transformado para tratamento exclusivo da covid-19, então precisa ser readaptado novamente para centro cirúrgico. Além disso, precisamos de equipamentos, revisão elétrica e arrumar o telhado do hospital que está com goteiras”, explica.

A expectativa é que o Centro de Cirurgias Eletivas comece a funcionar ainda no primeiro trimestre de 2022. Porém, Miroslau afirma que para a realização das reformas, primeiro é necessário que os números de internamentos pela covid-19 diminuam. “Conforme os casos de covid e internações forem diminuindo já não precisaremos utilizar o centro cirúrgico para alocar UTI e posso fazer uma reforma rápida.”

A reunião com o secretário de Saúde do Paraná Beto Preto, serviu para alinhar o projeto. De acordo com Miroslau, a Sesa garantiu que iria bancar a aquisição dos equipamentos necessários para a criação do centro, bem como irá realizar a gestão das eletivas.

 

Centro de Cirurgias Programadas no HU

O anúncio da criação de um Centro de Cirurgias Eletivas no hospital de Retaguarda aconteceu uma semana após uma reunião pública debater a criação de um Centro de Cirurgias Programadas no Hospital Universitário de Cascavel.

Para a criação do CCP, o objetivo é transformar a ala de queimados do HU, em um centro cirúrgico para desafogar as cirurgias eletivas represadas.

Atualmente, a fila de cirurgias eletivas no HU ultrapassa os 1,5 mil pacientes. Na macrorregião a estimativa é que o número ultrapasse 20 mil pessoas na fila.

A implantação do Centro de Cirurgias Programadas foi proposta pelo vereador Edson Souza (MDB).  “A discussão iniciou e agora pretendemos colocar em prática esse serviço, que deve ter qualidade, eficiência, além de um atendimento humanizado. Hoje, quem consegue oferecer essa estrutura para isso é o HU, que aceitou esse desafio. Vamos buscar o financiamento para isso”, enfatiza Edson Souza.

O vereador confirmou que na próxima semana estará em Brasília, onde irá tratar junto com o Ministério da Saúde a criação do Centro de Cirurgias Programadas.

 

Orçamento

No final de agosto o governo do Paraná garantiu que irá aportar R$ 50 milhões para a realização de procedimentos cirúrgicos eletivos em 2022. O montante que será direcionado pelo Estado nesses serviços é quatro vezes maior do que o repasse do Ministério da Saúde em 2019, no valor de R$ 12 milhões. A Sesa aguarda ainda a confirmação do valor que será enviado pelo governo federal para o próximo ano.