Política

Cascavel quer apoio da Itaipu para viabilizar projeto do Anel Viário

Risden foi recepcionado por prefeitos da Amop

Cascavel quer apoio da Itaipu para viabilizar projeto do Anel Viário

 

 

Cascavel – O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, almirante Anatalicio Risden esteve em Cascavel ontem (12), cumprindo agenda na Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná) e também na Acic (Associação Comercial e Industrial de Cascavel). Essa é a primeira visita oficial de Risden como diretor-geral à Capital do Oeste, desde que assumiu o comando usina, em fevereiro.

No primeiro compromisso, Risden esteve na Amop e foi recepcionado por prefeitos da Região Oeste. Na oportunidade, ele destacou a importância dos convênios desenvolvidos entre Itaipu e os municípios da região na realização de obras estruturantes. Segundo Anatalicio, a empresa busca sempre apresentar novas ações de desenvolvimento. “A Itaipu está presente aqui não só como uma grande produtora de energia, mas uma indutora de prosperidade, de desenvolvimento, de trazer tecnologia par ao nosso parque tecnológico e varias outras ações que nós estamos não só olhando, mas vamos incrementar e trazer o apoio necessário a toda essa parte”.

Além disso, segundo ele, o objetivo é traduzir as ações em resultados. “Traduzir ações em resultado e não simplesmente propaganda, é isso que Itaipu procura fazer, estar presente e vai levar adiante.”

 

Anel Viário

Entretanto, o principal compromisso de Risden na cidade foi na Acic, onde o almirante discutiu com as autoridades locais a criação de um Anel Viário de Cascavel. O objetivo do encontro foi o de apresentar ao diretor-geral de Itaipu o projeto do Anel Viário de Cascavel e conquistar a parceria da empresa para realizar um novo convênio com o Município para estruturar o plano e construir o Anel Viário.

De acordo com o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, o desejo do município é criar um Anel Viário ao entorno de Cascavel, ligando todas as principais rodovias que passam pela cidade. Segundo Paranhos, seriam dois novos contornos a serem construídos: o Contorno Norte, que ligaria a BR-277, passando pela BR-369 até chegar a BR-467. Já o segundo, o Contorno Sul, ligaria a BR-277, próximo ao Contorno Oeste, passando por fora da cidade, atrás dos bairros Faculdade e Cascavel Velho até chegar na BR-277, saída para Curitiba.

Os dois novos contornos, juntamente com o já construído Contorno Oeste, o qual já é custeado pela Itaipu, formariam o Anel Viário de Cascavel. Para o projeto sair do papel, Paranhos pediu apoio da Itaipu para a realização de um convênio e destacou a importância de Cascavel ter a parceria com a empresa. “Sempre importante, a Itaipu tem uma inserção muito forte no dia a dia de todas as cidades do Oeste do Paraná. Ela é uma empresa que investe, não só na energia que é a sua essência, mas investe em outros projetos estruturantes, sociais, projeto ambiental, então é muito importante à gente ter aqui essa parceria continuada.”

Anatalício garantiu que, tendo possibilidade de realizar esse convênio, Itaipu o fará. “Tendo possibilidade, Itaipu vai fazer, o que é importante da Itaipu é que se nós começarmos algo, nós terminamos.”

 

Renovação do Tratado de Itaipu

Ainda durante a passagem por Cascavel, o almirante falou sobre a renovação do Anexo C Tratado de Itaipu que será realizado em 2023. Segundo Risden, a renegociação não deve afetar a questão dos royalties, que é a compensação financeira que os municípios recebem pela utilização do potencial hidráulico do Rio Paraná para a produção de energia elétrica. “O que eu posso falar sobre os royalties é que em nenhum momento isso vai ser abordado em qualquer negociação. Na realidade, isso está no Tratado e existe uma legislação dentro do Brasil que coordena isso e não vejo, não sei, não é do meu conhecimento, nada para modificar essa questão dos royalties. Então vocês podem ficar muito tranquilos que a questão dos royalties é um ponto passivo que nós temos que ver.”

Ainda, de acordo com Risden, será o Itamaraty que estará a frente da negociação. “A renegociação entre o Brasil e Paraguai, a usina não é só brasileira, mas é também dos nossos irmãos paraguaios, é uma negociação que vai acontecer no ano que vem. Nós estamos preparando a empresa no caso quem serão os decisores, que são as altas partes, que é a nossa chancelaria o Itamatary que é eles quem conduzirão essa negociação.”

 

Crédito: Paulo Eduardo