Cotidiano

Câmara de Comércio pede ajuda de restaurantes italianos a vítimas de terremoto

SÃO PAULO – Um dia depois do terremoto que atingiu o centro da Itália, a comunidade italiana em São Paulo prepara formas de ajudar os afetados pelo abalo sísmico que matou ao menos 250 pessoas. A Câmara Italiana de Comércio de São Paulo (Italcam) enviou hoje a 140 restaurantes associados a proposta de separar R$ 4 de cada pedidos que contenham massa para doação às regiões afetadas pelo tremor. A capital paulista é a cidade fora da Itália com mais italianos.

A ideia é baseada no caráter gastronômico de uma das cidades afetadas, Amatrice, conhecida pela sua receita de espaguete, ?à matriciana?. A cidade é produtora de dois itens típicos da receita, o guanciale, obtido a partir da bochecha do porco, e o queijo pecorino. A ideia da Italcam é que os donos dos restaurante separem R$ 4 reais dos jantares que tenham um prato com qualquer tipo de massa.

O Consulado Italiano também disponibilizou informações sobre doações para as áreas afetadas, como os contatos da Cruz Vermelha na região e do Serviço Civil Italiano, de acordo com Rita Blasioli, da seção paulista dos Comitês dos Italianos no Exterior (Comites) e do Conselho-Geral de Italianos no Exterior (CGIE).

Diretor da Câmara Italiana de Comércio, Domenico Rossini tem duas filhas na Itália e se assustou com as notícias do terremoto até saber a localização do foco do terremoto. Suas duas filhas moram em Milão, no norte do país, a mais de 500 km de distância de Amatrice.

? Elas não moram perto desse lugar, o que me acalmou como pai. Mas ainda assim é muito triste ver nos sites, na televisão, todas aquelas coisas, as cidades completamente destruídas. Infelizmente, a Itália sofre disso, mas quem sofre mais são as pessoas ? afirmou.

Segundo Rita, muitos italianos nascidos no centro-sul da Itália procuraram o Consulado questionando formas de ajuda.

? Infelizmente, não é o primeiro episódio, sabemos que essa região está sujeita a terremotos. Mas mesmo assim recebemos a notícia com muita tristeza ? disse.

(*Estagiário, sob supervisão de Flávio Freire)