Esportes

Boulevard Olímpico reúne 1 milhão de pessoas no sábado

201608201851248944.jpgRIO – A medalha de ouro da seleção brasileira masculina de futebol selou de vez o Boulevard Olímpico como o point da Olimpíada. A nova área de lazer, incluindo a Avenida Rio Branco, que ficou fechada ao trânsito, reuniu no sábado um milhão de pessoas, segundo a Riotur. Um recorde de público desde o início dos Jogos, que deve se repetir neste domingo.

A Praça Mauá, onde um telão transmitiu o jogo de futebol, parecia a Fanfest da Copa do Mundo: teve torcedor roendo as unhas, rezando e muitos abraçados junto à Bandeira do Brasil. Houve gente que esteve pela primeira vez na Orla Conde, especialmente para torcer por Neymar e companhia. Marice Dias, de 35 anos, mora em São Gonçalo e fazia sua estreia no mais novo passeio público da cidade:

? Vim antes de acabar a Olimpíada conhecer a pira e torcer pelo Brasil. Espero que esse espaço continue assim, alegre, especialmente para nós moradores do Rio ? disse ela.

Jhonatan da Silva Alves, de 17 anos, da Cidade de Deus, também pisava pela primeira vez no Boulevard. Com uma camisa da CBF guardada no armário desde a última Copa, ele era da torcida do ?eu acredito numa revanche?:

Brasil é ouro no futebol

Michele Mendes, de 40 anos, moradora da Praça Seca foi ao local acompanhada do namorado e filhos dos dois.

Eles chegaram às 10h30m ao Boulevard para aproveitar o penúltimo dia de festa no local. O temporal que caiu às 16h dispersou parte da multidão, mas muitos torcedores ainda guardavam seus lugares na frente do telão, com ou sem chuva.

Vestidas de verde e amarelo, as amigas Thaísa Silva, de 32 anos, e Renata Esteves, de 34, diziam que o Boulevard vai deixar saudades. As duas, que trabalham perto e estavam acostumadas a aproveitar o lugar no horário de almoço, vieram hoje se despedir.

? Com certeza vamos sentir falta. O clima aqui é muito gostoso ? contou Thaísa.

COMO FOI NA CASA DA ALEMANHA

201608201936028993.jpgEnquanto isso, na Casa da Alemanha, no Leblon, nem a chuva conseguia afastar brasileiros e alemães do telão montado no espaço. Para enfrentar o tempo ruim, não faltou o jeitinho brasileiro: ambulantes venderam para os gringos e locais capas de chuva por R$5.

Na Casa da Alemanha, montada na orla da praia do Leblon, as cores mais comuns eram o verde e o amarelo. A esmagadora maioria de brasileiros vibrava a cada lance de bola a favor do Brasil. Nas proximidades do Strandbar Pfeffer, que serve quitutes alemães, o tempero carioca se fez sentir com os gritos de um ambulante vendendo caipirinhas.

FINAL DO FUTEBOL: BRASIL x ALEMANHA

Com o primeiro gol, brasileiros começaram a cantar ?sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor?. No mar de verde e amarelo, o alemão Fabian Koupanov não lamentou o primeiro gol.

? Não tem problema. Vim aqui pela atmosfera ? disse ele. ? Nem é nem nosso time nacional.

Mais cedo, antes do início da partida, o funcionário público Leonardo Bastos, de 34 anos, também demonstrava tranquilidade. Para ele, curtir a final na Casa valia pelo clima de camaradagem entre os dois países.

? Não tem o menor problema (se o Brasil vencer). Aqui somos todos amigos.

Um pouco distante das centenas de brasileiros, o alemão Schumann Druno, 23 anos, assistia ao jogo usando a bandeira de seu país como capa. Druno, porém, não é o alemão típico: um de seus sobrenomes é o clássico nacional Carvalho.

? Minha mãe e eu nascemos em Berlim, mas meu pai é brasileiro. Venho aqui umas duas ou três vezes ao ano.

Apesar disso, Druno nao fala português. Segundo ele, seu pai tentou ensinar, mas não conseguiu. O alemão disse não se incomodar com a presença esmagadora dos brasileiros na Casa da Alemanha.

? Acho que os alemães devem ter preferido ver no estádio. Eu tentei conseguir ingresso, mas não deu.