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Bandeira minimiza veto ao Flamengo no Engenhão e avalia mensagem no Twitter como 'infeliz'

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O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, minimizou em entrevista ao programa “Seleção Sportv” o veto do Botafogo de que o rubro-negro realize jogos no Engenhão, após a tarde conturbada no clássico deste fim de semana. A informação do veto do Botafogo ao Flamengo foi dada no blog de Lauro Jardim no GLOBO.

De acordo com Bandeira, o veto não impacta o Flamengo, que só pretendia realizar partidas no Engenhão caso assim fosse determinado pela Federação de Futebol do Rio (Ferj) nas semifinais e eventualmente nas finais do Carioca, já que o Maracanã ainda não tem previsão de reabertura.

– Nós não tínhamos nenhuma intenção de fazer nenhum jogo no Engenhão, a menos em casos em que sejamos obrigados pela federação, como os clássicos do Carioca. Se a federação entender que o Flamengo não precisa jogar no Engenhão, vamos buscar outros lugares. Certamente o Flamengo vai sobreviver sem o Engenhão. O que sobra é jogar fora do Rio, não tem muita opção – avaliou Bandeira.

O presidente rubro-negro também frisou que lamenta as cenas de violência no entorno do estádio na tarde domingo, que terminou com a morte de um torcedor do Botafogo e diversos feridos.

– Isso eu considero muito grave, e que exige uma punição exemplar para o assassino ou os assassinos, assim como em relação às pessoas que foram baleadas dos dois lados – afirmou.

Bandeira de Mello reconheceu que “foi infeliz” a mensagem veiculada nas redes sociais do Flamengo após a partida, que terminou com vitória rubro-negra por 2 a 1. A mensagem, que provocava a torcida do Botafogo com frases como “não adianta fugir”, foi criticada por supostamente fazer eco às cenas de pancadaria no lado de fora do estádio.

Mais cedo, o vice-presidente de Comunicação do Flamengo, Antonio Tabet — que também é colunista do GLOBO — já havia avaliado que “faltou sensibilidade” à mensagem. Assim como Tabet, o presidente rubro-negro negou no entanto que tenha ocorrido apologia à violência.

– Foi infeliz, embora não tenha sido provocativo no sentido de incitar a violência como foi colocado. Isso dizia respeito exclusivamente ao resultado da partida. Depois se verificou que a coisa era muito maior do que o imaginado, que envolvia o assassinato de um menino que estava lá para torcer para seu clube – ponderou.