Cotidiano

Bancos mantém proposta e bancários prometem reforçar greve

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SÃO PAULO – A sétima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) terminou sem avanços nesta terça-feira, em São Paulo. Foram quatro horas de reunião e, segundo os sindicalistas, os bancos insistiram no reajuste de 7% para os salários e abono de R$ 3,3 mil. A orientação é o reforço da greve, iniciada na última terça-feira. Também já está marcada nova rodada de negociação para a próxima quinta-feira.

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Na segunda-feira, 49% das agências do País estavam fechadas por conta da mobilização.

? A Fenaban entende que o modelo de aumento composto por abono e reajuste sobre o salário é o mais adequado para o atual momento de transição na economia brasileira, de inflação alta para uma inflação mais baixa?, disse o órgão, em nota, na semana passada, quando formalizou a atual proposta.

? Abono não é ganho real. É compensação por perdas. Cada vez mais os bancários perguntam: se eles apregoam que estão reajustando salários por índices muito acima dos reivindicados, por que não concordam de uma vez com a inflação mais o ganho real? ? questionou Roberto von der Osten, presidente da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

A categoria pleiteia reajuste de 14,78%. Os bancários reivindicam também participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.

A categoria entregou a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca de 512 mil pessoas.