Toledo – Membros da Associação Beneficente de Saúde do Oeste do Paraná apresentaram ontem ao prefeito Lucio de Marchi, ao chefe de Gabinete, Alceu Dal Bosco, e também ao assessor de Assuntos Jurídicos, Luiz Paulo Chrispim Guaraná, a prestação de contas do Hospital Bom Jesus até o mês de outubro. Também foi exposta a necessidade de ações para a continuidade dos serviços em 2018.
A superintendente do hospital, Nissandra Karsten, explica que nos últimos anos a instituição tem enfrentado várias dificuldades financeiras. “A área de abrangência atende 17 municípios da região oeste, isso contando com 214 leitos, 24 UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), 10 UTI neonatal e 128 leitos do SUS (Sistema Único de Saúde)”. Nissandra informa que a cada R$ 1 recebido do SUS o prejuízo é de R$ 0,45. Isso faz com que no fim do mês as contas terminem com o saldo negativo.
“No fim de 2016 houve uma força-tarefa para que pudéssemos ter a liberação de recursos do governo federal para manter o hospital aberto, mas agora começa novamente essa angústia para recebermos os recursos para a continuidade dos serviços do próximo ano”, lamenta.
Nissandra informa que colocar o prefeito por dentro dessas preocupações é essencial para que ele também possa, com os deputados da região, tentar buscar com o Ministro da Saúde uma nova portaria de recursos.
“O hospital perdeu um recurso de convênio com o governo do Estado para a compra de materiais e medicamentos. Com essa perda, foram R$ 240 mil. Isso agravou o déficit financeiro”.
Próximo passo
Os próximos passos, segundo a superintendente, é realizar uma reunião na Câmara para deixar os vereadores cientes dessa situação, para que depois se possa trabalhar em conjunto na formatação de uma minuta para discutir soluções com o Ministério Público.
O Hospital Bom Jesus atende pacientes de Guaíra, Terra Roxa, Palotina, Assis Chateaubriand, Mercedes, Nova Santa Rosa, Maripá, Marechal Cândido Rondon, Quatro Pontes, Tupãssi, Entre Rios do Oeste, São José das Palmeiras, Ouro Verde do Oeste, Diamante do Oeste, Santa Helena, São Pedro do Iguaçu e Toledo.
Governo transfere gestão à prefeitura
Foz do Iguaçu – Em solenidade ontem, em Foz do Iguaçu, o governo do Paraná transferiu a gestão administrativa do Hospital Municipal Padre Germano Lauck para a Prefeitura de Foz do Iguaçu.
O hospital estava sob intervenção do Estado desde o ano passado. Essa postura foi adotada depois que o Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual recomendaram o procedimento, em virtude das dívidas e das irregularidades cometidas no hospital nos últimos anos.
O novo gestor apresentado pelo prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, é Sérgio Fabriz, mestre em Contabilidade, professor de Contabilidade da Uniamérica. Atualmente é secretário administrativo da Unioeste Câmpus de Foz do Iguaçu. Foi diretor administrativo do Hospital Universitário de Cascavel (de 2004 a 2011). Pró-reitor de Administração e secretário financeiro da Unioeste Câmpus de Foz. Tem experiência na área de administração, com ênfase em organizações públicas.
Repasses
A Prefeitura de Foz do Iguaçu aproveitou a solenidade para fazer outros anúncios envolvendo o repasse de recursos para manutenção do Hospital Municipal e a nomeação dos membros do Conselho Curador da Fundação Municipal de Saúde.
