Cotidiano

Apple avalia modelo com tela curva para o próximo iPhone

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RIO ? Seguindo os passos da Samsung, a Apple pode lançar no ano que vem um modelo de iPhone com tela curva. Segundo o ?Wall Street Journal?, fornecedores da companhia baseada em Cupertino receberam pedidos para aumentar a produção de finas telas de diodo emissor de luz orgânico (OLED), mas com resolução superior às utilizadas pela rival sul-coreana.

As telas de OLED já são utilizadas por fabricantes como Samsung, Xiaomi e Google, pois são mais finas, leves e permitem design flexível. Contudo elas são cerca de US$ 50 mais caras que as telas de cristal líquido. Segundo fontes do jornal americano, o modelo com tela OLED é um dos mais de dez protótipos sendo considerados pela Apple.

A gigante americana está sendo pressionada por um smartphone capaz de reverter a queda nas vendas, até porque 2017 marcará o décimo aniversário do iPhone.

A Samsung Display Co., unidade da Samsung Electronics, domina o mercado de telas OLED para smartphones, e é uma das únicas companhias capazes de produzir o produto em grande escala. Por esse motivo, a Apple vem apostando nas telas LCD da LG Display, Japan Display e Sharp. Segundo as fontes, caso a tecnologia OLED seja a escolhida para o próximo iPhone, as primeiras encomendas seriam para a Samsung Display, mas a empresa americana quer que a LG Display, a Japan Display e a Sharp estejam prontas para aumentar a produção para 2018.

Apenas neste ano, a Samsung Display investiu US$ 10 bilhões na sua linha de telas OLED. A LG Display planeja investir US$ 3 bilhões até 2018 para expandir sua capacidade. Uma das fontes informou que a Sharp precisaria investir mais de US$ 5 bilhões para atender aos pedidos da Apple.

? Nós vamos fazer amostras de telas OLED, mas eu não consigo ver o potencial para se tornar um grande mercado ? disse Tai Jeng-wu, diretor executivo da Sharp.

O investimento na tecnologia OLED é arriscada. Ainda não está claro qual das tecnologias se tornará padrão, já que sobre a qualidade da imagem não existem diferenças gritantes. As telas são flexíveis, mas modelos de smartphones dobráveis ainda não estão no radar, porque os componentes internos são rígidos.