BRASÍLIA ? O presidente da Câmara dos Deputados afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse, por meio de nota, que vai recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da decisão do Conselho de Ética desta terça-feira. O colegiado aprovou o relatório que pede sua cassação por quebra de decoro parlamentar. O parecer será encaminhado ao plenário da Casa.
Em nota, Cunha disse que ?finalmente? o processo foi submetido à votação. Ele reclamou de ?parcialidade? em sua condução, disse que teve ?nulidades gritantes? e voltou a criticar o relator, Marcos Rogério (DEM-RO). Por fim, o deputado afastado reafirmou que é inocente da acusação de mentir à CPI.
?O processo foi todo conduzido com parcialidade, com nulidades gritantes, incluindo o próprio relator, que não poderia ter proferido parecer após ter se filiado a partido integrante do bloco do meu partido. Essas nulidades serão todas objeto de recurso com efeito suspensivo à CCJ, onde, tenho absoluta confiança, esse parecer não será levado adiante?, escreveu Cunha.
LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA
?Com relação à aprovação do parecer do Conselho de Ética, tenho a declarar:
1 – Após inúmeras manobras de adiamento, o Presidente do Conselho de Ética finalmente submeteu o processo à votação;
2 – O processo foi todo conduzido com parcialidade, com nulidades gritantes, incluindo o próprio relator, que não poderia ter proferido parecer após ter se filiado a partido integrante do bloco do meu partido. Essas nulidades serão todas objeto de recurso com efeito suspensivo à CCJ, onde, tenho absoluta confiança, esse parecer não será levado adiante.
3 – Também confio que, em plenário, terei oportunidade de me defender e de reverter essa decisão.
Repito: sou inocente da acusação, a mim imputada pelo parecer do Conselho de Ética, de mentir a uma CPI.
Eduardo Cunha?