Cotidiano

Ao menos 208 pessoas foram detidas durante os protestos contra Maduro

CARACAS ? Ao menos 208 pessoas foram detidas na Venezuela na sequência dos protestos contra o governo de Nicolás Maduro na quarta-feira. A informação é da ONG Fórum Penal Venezuelano, que diz que 119 ainda estavam presas. Centenas de milhares de manifestantes saíram às ruas para a chamada ?Tomada da Venezuela?, atendendo a uma convocação da oposição.

Um policial morreu e mais de 120 pessoas ficaram feridas durante a mobilização, incluindo dois agentes.

? Lamentavelmente, temos um oficial da polícia do estado de Miranda morto, José Alejandro Molina Ramírez, e há dois oficiais feridos, um por arma de fogo e outro por objeto contundente ? disse o ministro do Interior e Justiça, general Néstor Reverol, em entrevista à TV estatal.

O incidente ocorreu quando os agentes desbloqueavam uma estrada entre Caracas e San Antonio de los Altos, cidade satélite da capital, que era ocupada por manifestantes, declarou o ministro.

O general disse que os manifestantes iniciaram um ataque com armas de fogo contra os policiais que agiam para liberar a estrada.

Reverol acrescentou que duas pessoas foram detidas por envolvimento no ataque e anunciou que ?ordenará um aprofundamento das investigações para esclarecer este homicídio?.

O militar fez um apelo à paz após as grandes manifestações da oposição na quarta-feira, em diversas cidades do país, devido à suspensão do processo para a revogação do mandato de Maduro.

Paralelamente, Diosdado Cabello, o segundo principal líder do chavismo, afirmou que as Forças Armadas e os trabalhadores ocuparão as empresas que aderirem à greve geral convocada pela oposição contra Maduro.

? Conversei com o presidente, empresa que parar, será empresa tomada pelos trabalhadores e pelas Forças Armadas ? disse Cabello, deputado e presidente do partido socialista, em seu programa de TV.