PARIS ? A cidade de Nice, ainda abalada pelo ataque extremista do mês passado, juntou-se a uma crescente lista de municípios franceses que proibiram o uso do burquíni (traje de banho islâmico). burca
As autoridades argumentam que a roupa oprime as mulheres e viola os princípios seculares da França. Críticos, no entanto, veem como um ato discriminatório.
Nice sofreu o seu pior atentado em 14 de julho, quando um motorista de um caminhão avançou contra a multidão nas comemorações do Dia da Queda da Bastilha, matando 85 pessoas num ataque reivindicado pelo Estado Islâmico (EI). Cerca de um terço das vítimas era de muçulmanos.
Citando preocupações de segurança, a prefeitura de Nice emitiu uma ordem na quinta-feira proibindo traje de banho com conotações religiosas.
Várias outras cidades na costa do Mediterrâneo e do Atlântico proibiram burquínis neste verão europeu.
A restrição teve o respaldo do premier francês, Manuel Valls, que reforçou o coro de que a veste não é compatível com os valores da França. Mas ele fez objeção a uma lei nacional sobre o tema.
No país, já é proibido o uso da burca (que cobre o corpo inteiro) e do niqab (que deixa apenas os olhos à mostra).
Na Alemanha, o ministro do Interior, Thomas de Maizière, pediu nesta sexta-feira uma proibição parcial da burca, num momento em que a integração está no centro do debate político no país, depois de uma série de atentados por militantes islâmicos.
