Cotidiano

Alto número de homicídios não ficará sem resposta, diz presidente do STF

Cármen.jpgBRASÍLIA ? A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, defendeu nesta segunda-feira uma resposta rápida do Poder Judiciário em casos de homicídios, violência contra a mulher e crimes cometidos por policiais. A ministra afirmou que o cidadão brasileiro precisa dormir sabendo que o alto número de assassinatos no país não ficará sem resposta da Justiça.

Violência

? Não é hora de culparmos o Estado. O cidadão precisa dormir sabendo que o alto número de homicídios não ficará sem resposta. Um Estado nacional que tem número de homicídios anual, e que não está em guerra, superiores a de estados que estão em guerra, não é compreensível para quem quer que seja. É hora de nós assumirmos a nossa responsabilidade por fazer que esse quadro mude ? afirmou a presidente do STF.

Cármen Lúcia participou, em Brasília, da abertura do Mês Nacional do Júri, uma iniciativa da Justiça para levar a julgamento os responsáveis por crimes dolosos contra a vida (aqueles cometidos com intenção), dando preferência aos praticados sob violência doméstica, e crimes oriundos de confrontos dentro ou nos arredores de bares. Ela cobrou uma ação mais rápida especialmente em casos de violência contra mulher.

? O número de mulheres assassinadas no Brasil só pela condição de ser mulher não condiz com nenhuma situação aceitável. Em qualquer lugar do mundo, onde tiver uma mulher assassinada, cada uma de nós mulheres também é. Quando tiver em algum lugar alguém que não acredita na Justiça, cada um de nós juízes deixa de ser confiável ? afirmou.

Segundo a presidente do Supremo, o esforço concentrado servirá para mostrar que os juízes estão preocupados com os casos de homicídio e em cumprir a lei em tempo ?razoável?.

? Nos preocupamos, sim, com cada um que é morto e que a lei que fixa esse crime é de ser dado cumprimento em tempo que a Constituição chama de razoável. Para que cidadão saiba que estamos comprometidos para que crimes não fiquem impunes, nas prateleiras, para evitar a sensação de impunidade. Temos que trabalhar para que cidadão acredite no estado para mudar esse quadro que não é aceitável ? acrescentou Cármen Lucia.

* estagiário sob supervisão de Evandro Éboli