Cotidiano

Alep quer ampliar debate sobre pedágio

Dilvo Grolli afirmou que as atuais tarifas custam cerca de R$ 100 milhões por ano ao setor produtivo apenas da região Oeste

Curitiba – Levar a mais setores da sociedade o debate sobre a possível prorrogação dos contratos de concessão das rodovias pedagiadas do Paraná foi a proposta aprovada por deputados estaduais e representantes do setor produtivo que participaram de audiência pública sobre o tema realizado ontem, na Assembleia Legislativa.

O debate, proposto pelos deputados Ademir Bier, Nelson Luersen e Tercílio Turini, contou com a participação de representantes da Coopavel, Faciap, Fiep e DER. “Queremos mobilizar os paranaenses para que dessa vez as classes produtivas e o povo não fiquem de fora dessa importante decisão. Defendemos que uma nova licitação seja realizada em 2021, quando os atuais contratos forem encerrados. Para isso, precisamos da união dos paranaenses”, afirmou Bier.

“Esse é um tema que tem que ser exaustivamente discutido. Eu penso que a sociedade organizada, que é a que mais paga por esse sistema de pedágio que temos, precisa se mobilizar para entrar nesse debate da renovação ou de uma nova licitação dos pedágios do Estado”, reforçou Luersen.

Também participaram do debate os deputados federais João Arruda e Toninho Wandscheer e os deputados estaduais Anibelli Neto, Guto Silva, José Carlos Schiavinato, Claudio Palozi, Chico Brasileiro e Evandro Araújo.

SETOR PRODUTIVO

Presente ao debate de ontem, o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, afirmou que as atuais tarifas de pedágio do Paraná custam cerca de R$ 100 milhões por ano ao setor produtivo apenas da região Oeste. “Para ter ideia, metade desse valor, R$ 50 milhões, sai do bolso de produtores rurais filiados às cooperativas, que por sua vez respondem por metade do PIB do Oeste, que em 2016 deverá ficar em R$ 35 bilhões. Por isso, esse debate em relação ao pedágio é muito importante”, ressaltou. Os participantes também cobraram as obras previstas em contrato e que não foram realizadas pelas concessionárias e reclamaram da cobrança dos eixos suspensos.