Cotidiano

África entra na rota do intercâmbio das universidades

59976574_BC - RIO DE JANEIRO RJ - 19-07-2016 - ESPECIAL - Turma com estrangeiros e brasileiros.jpg Mba RIO – A busca por experiências profissionais no exterior ou para turbinar o currículo em processos de seleção em empresas multinacionais no Brasil faz crescer a procura por cursos de pós-graduação, MBA ou mestrado em outros países. Atentas a esta demanda, instituições estudantis brasileiras oferecem este intercâmbio para universidades de renome internacional. E não só na Europa e nos Estados Unidos: o estudo em faculdades de países na África entrou no mapa dos alunos.

A Escola de Negócios da PUC-Rio, por exemplo, está com inscrições abertas para a sétima edição do MBA Atlântico 2017, uma parceria da escola brasileira com a Católica Porto Business School, de Portugal, e a Universidade Católica de Angola.

? O grande potencial de Luanda/Angola na ambiência deste programa é a potencialização do aprendizado e desenvolvimento de capacitações para trabalho em cenários com muitas adversidades e, de certo modo, também dificuldades. Sob o ?guarda-chuva? da língua portuguesa os alunos têm maiores facilidades para focar no desenvolvimento de seus skills, aperfeiçoando suas competências para atuar no mercado internacional ? explica Marco Oliveira, gerente executivo dos programas internacionais da Escola de Negócios.

Os países africanos também estão na rota da Fundação Getulio Vargas. De acordo com o pró-reitor Antonio Freitas, a instituição procura contemplar universidades de relevância tanto nos Estados Unidos e na Europa, como também em boas universidades na América Latina, nos países nórdicos e na África.

? Na África, em especial, a FGV tem feito esforços no sentido de transferir tecnologia, sobretudo, na área de Administração Pública, de forma a contribuir para o desenvolvimento daqueles países. Como exemplo, citamos a Universidade de Cabo Verde e a Universidade Agostinho Neto ? afirma.

Já a Coppead oferece o MBA full-time, onde os alunos escolhem uma escola de negócios participante da lista de conveniadas e passam até seis meses fora do país estudando na escolhida. A escola tem parceria com instituições de países não tão tradicionais como África do Sul, China, Índia, Coreia do Sul, Croácia etc

? São todas escolas de negócios de altíssimo prestígio internacional e bem classificadas nos rankings internacionais ? afirma Carlos Heitor Campani, do Instituto Coppead de Administração da UFRJ.

De acordo com Freitas, no contrafluxo, a FGV tem recebido alunos europeus, latino-americanos, norte-americanos, e, eventualmente, asiáticos.

Na opinião de Roberto Aylmer, consultor professor da Fundação Dom Cabral, transitar bem em outras culturas é muito bem visto em empresas que precisam de interface com diferentes países.

? Um RH experiente não se impressiona com currículos, mas começa por eles. O peso dos diplomas mostra o esforço que você fez para chegar até aquela posição, mas é o seu portfolio de realizações que faz a diferença.

Ana Paula Montanha, sócia da Jobplex no Brasil, especialista em RH, acredita que a decisão de fazer uma pós no exterior deve ser bem avaliada.

? Determine o seu motivo, a sua razão. Elas podem ser diversas e incluir evolução na carreira e até mudar de carreira, melhorar o currículo, desenvolver um pouco mais, aprofundar os conhecimentos em inglês e conhecer outra cultura.