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Aeronáutica colombiana confirma que avião caiu sem combustível

A Aeronáutica Civil Colombiana confirmou, na noite desta quarta-feira, que o avião da Lamia, que levava a delegação da Chapecoense para Medellín, ao cair não tinha combustível no tanque. Segundo o secretário de segurança aérea do país, Fredy Bonilla, foi aberta uma investigação para determinar os motivos pelos quais isso ocorreu, já que contraria as normas de aviação internacional. Essas são as primeiras informações oficiais para elucidar as causas do desastre, que matou 77 pessoas, entre jogadores e comissão técnica do time catarinense, além de tripulantes e jornalistas, que iriam cobrir a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. A suspeita de pane seca já havia sido comentada após a divulgação da conversa entre o piloto Miguel Quiroga, do Avro RJ-85, e a torre de comando local. Tragédia Chapecoense – dia 2

? O plano de voo do avião estabelecia Bogotá como aeroporto alternativo caso não pudesse pousar em Rionegro. Mas o avião não tinha combustível suficiente para ir a Bogotá ? declarou o coronel, acrescentando que as caixas pretas serão enviadas, em breve, às autoridades da Inglaterra, país de origem da fabricante do avião.

O atraso para embarque de São Paulo com destino a Medellín desencadeou uma série de decisões atropeladas e arriscadas, incluindo o não reabastecimento da aeronave, que culminaram no acidente fatal. Se esse voo fretado, de cujo plano constava uma parada para reabastecimento em Cochabamba, na Bolívia, para reabastecimento, tivesse sido autorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a delegação do time de futebol chegaria ao destino às 23h (de Brasília; 20h na Colômbia) de segunda-feira.