Cotidiano

A hora de pensar nos verdadeiros milagres da vida

Era madrugada do dia 17 de outubro de 1991 e Edson Santos estava voltando para casa do trabalho. Ele tinha uma loja de móveis e retornava de uma entrega que havia feito numa cidade vizinha. Na Rua 1º de maio, no maior bairro de Toledo, a Vila Pioneiro, o destino lhe reservara um acidente de trânsito. O condutor do outro carro trafegava em altíssima velocidade, com as luzes apagadas e alcoolizado. No cruzamento, a batida. Edson foi arremessado para fora do carro, teve fraturas múltiplas pelo corpo e foi levado para o hospital entre a vida e a morte. O motorista do outro veículo nem teve essa chance.

A partir disso teve início uma batalha de 27 dias no hospital na luta pela vida. “Sei que estava mais perto da morte do que da vida. Diversas vezes os médicos me desenganaram. Por isso sei que estou vivo por um milagre. Há 26 anos o Natal para mim tem outro sentido, o do renascimento”, conta.

Além da vida, Edson tem outros motivos para comemorar. As sequelas, que os médicos lhe deram como certas por toda a vida, são quase imperceptíveis. “No dia que saí do hospital fiquei desesperado. Os médicos disseram que eu nunca mais andaria. Amava jogar futebol e isso havia acabado. Com fé e força de vontade, fui tentando. Em alguns meses eu estava andando com o auxílio de muletas e uns seis meses depois eu voltei a andar sozinho. Alguém duvida de que isso não foi um milagre? Eu não!”.

Para quem já presenciou um milagre, não há dúvida alguma: “Não importa no que você acredita, um milagre é simplesmente a força do crer”, resume.