Se na cerimônia de abertura da olimpíadas Gisele Bundchen parou o mundo ao desfilar no gramado do Maracanã com a música “Garota de Ipanema”, a festa paralímpica promete fazer o mesmo com Amy Purdy, uma americana de 35 anos que foi medalhista de ouro no snowboard dos Jogos Paralímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, em 2014.
Na cerimônia do megaevento, ela fará uma apresentação de dança que deve durar entre quatro e cinco minutos, um tempo considerável para a cerimônia que deve durar cerca de três horas.
– Estou muito animada. Será uma experiência incrível. Já participei de um programa de dança na TV. Minha apresentação na cerimônia tem a ver com a relação humana e tecnologia. E mostra como o espírito humano é mais forte que a tecnologia. Mas no esporte paralímpico é preciso ter os dois, eles estão muito ligados. É esta mensagem que pretendo passar – disse Amy.
Paralimpíada (ESPORTE) em 2 de setembro
Amy é biamputada dos pés. Aos 19 anos, ela foi diagnosticada com meningite bacteriana, mas até hoje não se sabe como contraiu a doença. No início, sentia uma gripe e fortes dores nas costas e pensou que se tratava de uma virose normal. No entanto, no decorrer do dia, a situação foi piorando e ela resolveu ir ao hospital, onde teve um colapso e chegou a ter apenas 2% de chances de sobreviver. Depois de semanas em coma, ela acabou amputando os dois pés que estavam necrosados pela doença.
Meses após de sair do hospital, Amy descobriu nas montanhas uma maneira de se adaptar a sua nova condição física. Através do snowboard paralímpico, ela encontrou os desafios que estavam lhe faltando e conseguiu se tornar um dos principais nomes da modalidade no mundo.
Fora os resultados esportivos, a popularidade de Amy começou a aumentar quando ela venceu um reality show de dança, em 2014. Essa sua experiência e aprendizado na dança com o programa foram essenciais para o seu papel importante na cerimônia. Ela tem uma autobiografia lançada em livro chamada “Por um sentido na vida”.