O Paraná teve, durante o mês de março, um saldo positivo de 8.328 novas vagas nos pequenos negócios, o que corresponde a 72,37% do total de empregos gerados entre empresas de todos os portes (11.507 no total). A média é de 5,86 vagas a cada 1000 empregados. O Paraná é o quinto estado brasileiro que mais gerou postos de trabalho em março para micro e pequenas empresas (MPE). Mesmo no pior momento da pandemia do coronavírus no Brasil, o saldo foi maior em comparação com cada um dos cinco primeiros meses da doença no País (entre março e julho). Os dados constam em levantamento feito pelo Sebrae com base no Caged, do Ministério da Economia.
A indústria de transformação foi o segmento que mais puxou a abertura de empregos nos pequenos negócios, com 3.302 novas vagas seguido pelo setor de serviços, com 2.404, construção com 1.167 e comércio com 1.040. Nos serviços, apenas os micro e pequenos negócios tiveram um saldo positivo de contratações, enquanto as médias e grandes tiveram uma redução de 1.634 vagas.
Em relação ao saldo total dos meses entre os meses de janeiro e março, as MPE também se destacaram. Em 2021, os pequenos negócios geraram 51.022 novas vagas, o que corresponde a 65% do total considerando empresas de todos os portes, que foi de 78.484. Mesmo com a pandemia atingindo o seu ápice no primeiro trimestre de 2021, o número é quase três vezes maior em comparação com o mesmo período de 2020, quando 17.087 novas vagas haviam sido criadas.
“Mesmo com o agravamento da pandemia em março, as micro e pequenas empresas seguem com as maiores geradoras de postos de trabalho no Estado e continuam se reinventando para superar o momento difícil. A força desses empreendedores fez com que o número de vagas geradas nesse primeiro trimestre fosse ainda maior em relação ao mesmo período do ano passado”, destaca Vitor Roberto Tioqueta, diretor-superintendente do Sebrae/PR.
No acumulado do ano para as MPE, o setor de serviços lidera as contratações com 16.997 novos postos de trabalho, seguido pela indústria da transformação com 16.015, comércio com 10.663 e construção com 5.967.
Brasil
Em março de 2021, as micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis pela geração de 57,9% dos empregos com carteira assinada no Brasil, o que corresponde a quase 107 mil vagas. O resultado é superior aos postos de trabalho criados pelas empresas de médio e grande porte (MGE), que foi pouco mais de 67 mil.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que os números positivos vêm ocorrendo pelo nono mês consecutivo e que refletem que as MPE são essenciais para a retomada econômica brasileira. “Esse é o 9°mês que as micro e pequenas empresas puxam a geração de empregos formais no Brasil. Não há dúvida que elas são o motor da nossa economia. Mesmo diante da sobrevida da pandemia, os resultados positivos sinalizam o quanto é importante a continuidade de medidas emergenciais que amparem o segmento”, declarou o presidente do Sebrae.
No acumulado do ano, dos cerca de 837 mil empregos gerados no primeiro trimestre, 587 mil (70,1%) foram criados pelas micro e pequenas empresas, enquanto as médias e grandes empresas criaram 190 mil (22,7%). Quando se observa o saldo mensal médio, as MPE atingiram patamar superior a 195 mil novos postos de trabalho, enquanto as MGE tiveram um número aproximado de 63 mil. Isso significa dizer que a cada novo posto de trabalho gerado por uma média e grande empresa, os micro e pequenos empreendimentos geram outros 3 novos postos de trabalho.