São Paulo – O mercado brasileiro operou descolado de Nova York nessa quinta-feira (21), com o investidor atento à chance de prorrogação do auxílio emergencial, apesar da situação delicada das contas do governo. Com isso, a Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, fechou em queda de 1,10%, aos 118.328,99 pontos, enquanto, no câmbio, o dólar subiu 0,98%, a R$ 5,3641.
A preocupação cresceu ainda mais após declarações dos candidatos ao comando do Senado e da Câmara em defesa do auxílio, mesmo que isso acarrete na violação do teto de gastos. “Nos preocupa a tendência de termos debates fiscais delicados, por conta da situação social, que é importante olhar com atenção, mas infelizmente não temos condição de manter os estímulos do ano passado”, disse a economista da Itaú Asset, Mirella Sampaio.
Nessa quinta, o Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, termômetro do risco-Brasil, superou os 171 pontos. O indicador havia iniciado a quinta em queda, depois de fechar aos 167 pontos na quarta, de acordo com cotações da IHS Markit.
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No exterior, o clima ainda é de ânimo com a posse de Joe Biden, ante a expectativa por mais estímulos fiscais. Além disso, favorece o ambiente a declaração do senador republicano Mitch McConnell, de que o partido está pronto para trabalhar com o Governo Biden, desde que “aplicado o bom senso”. “Se os democratas se desviarem do bom senso, defenderemos o que é certo.” Ele criticou a decisão de Biden de reintegrar os EUA ao acordo climático de Paris, classificado pelo senador de “fracassado”.
Em Nova York, S&P 500 e Nasdaq fecharam com ganhos de 0,03% e 0,55% cada, sendo que ambos renovaram seus recordes de fechamento. Já o Dow Jones teve leve queda de 0,04%.
